"Não me lembro de como fui parar aqui, só sei que seguia tranquilamente em minha vida quando, subitamente, me encontro neste lugar. Tentei vasculhar minha memória para poder identificar o que me trouxe pra cá, mas não consegui pista alguma (ainda). Será que conseguirei sair daqui vivo novamente?
Enquanto me questiono, resolvo me locomover por este abismo. É tudo estranho — o chão possui um aspecto mucoso, macio e frio, e a iluminação deste lugar me dá a visão de apenas alguns metros ao meu redor. De vez em quando aparece algumas paredes na minha frente, de maneira aleatória (será que estou em um labirinto?), enquanto caminho por este local procurando o caminho da fuga.
Ainda não falei sobre o ar, não é? É interessante que o ar que respiro é pesado e frio, me sinto encurralado ao mesmo tempo que encaro o infinito das trevas — e o desconhecido, nas trevas adjacentes. Talvez tudo o que o homem teme instintivamente se encontre neste local, sem falar desse cheiro, aquele cheiro de almas vazias, um cheiro neutro que chega a fazer o nariz se contorcer. Além disso, não sinto nenhum sinal de vento — nem mesmo quando me movo, ou assopro! É como se alguém tirasse meu fôlego toda hora que eu expirasse, talvez existia algum vazamento em meu respirar, por onde parte de minha alma vaze com cada respirar, andar e pensar.
Minha roupa, que antes possuía tons claros e felizes, agora era toda escura, com alguns detalhes de cinza (é o que enxergo nessa fraca luz) e, antes que pudesse perceber mais detalhes de minhas vestes, começo a encontrar e a enxergar antigos demônios — medos, fobias e outras coisas que me assustavam, sejam elas concretas ou abstratas. Como que eu pude ver coisas abstratas? Isso não saberei responder, mas não os vi só com meus olhos, mas também com os sentimentos.
Enfim, escrevo esta carta porque, bem, estou prevendo que este será meu fim, então deixarei ao menos uma marca minha antes de partir deste mundo para algo melhor — não é uma carta de suicídio, mas sim de despedida! Adeus!"
Não me lembro de como fui parar aqui, só sei que seguia tranquilamente em minha vida quando, subitamente, me encontro neste lugar. Bom, ao menos encontrei esta carta, a qual acabei de ler, interessante.
Enquanto me questiono, resolvo me locomover por este abismo. É tudo estranho — o chão possui um aspecto mucoso, macio e frio, e a iluminação deste lugar me dá a visão de apenas alguns metros ao meu redor. De vez em quando aparece algumas paredes na minha frente, de maneira aleatória (será que estou em um labirinto?), enquanto caminho por este local procurando o caminho da fuga.
Ainda não falei sobre o ar, não é? É interessante que o ar que respiro é pesado e frio, me sinto encurralado ao mesmo tempo que encaro o infinito das trevas — e o desconhecido, nas trevas adjacentes. Talvez tudo o que o homem teme instintivamente se encontre neste local, sem falar desse cheiro, aquele cheiro de almas vazias, um cheiro neutro que chega a fazer o nariz se contorcer. Além disso, não sinto nenhum sinal de vento — nem mesmo quando me movo, ou assopro! É como se alguém tirasse meu fôlego toda hora que eu expirasse, talvez existia algum vazamento em meu respirar, por onde parte de minha alma vaze com cada respirar, andar e pensar.
Minha roupa, que antes possuía tons claros e felizes, agora era toda escura, com alguns detalhes de cinza (é o que enxergo nessa fraca luz) e, antes que pudesse perceber mais detalhes de minhas vestes, começo a encontrar e a enxergar antigos demônios — medos, fobias e outras coisas que me assustavam, sejam elas concretas ou abstratas. Como que eu pude ver coisas abstratas? Isso não saberei responder, mas não os vi só com meus olhos, mas também com os sentimentos.
Enfim, escrevo esta carta porque, bem, estou prevendo que este será meu fim, então deixarei ao menos uma marca minha antes de partir deste mundo para algo melhor — não é uma carta de suicídio, mas sim de despedida! Adeus!"
Não me lembro de como fui parar aqui, só sei que seguia tranquilamente em minha vida quando, subitamente, me encontro neste lugar. Bom, ao menos encontrei esta carta, a qual acabei de ler, interessante.