O RÉU
Após provas contundentes, depoimentos acalorados, o réu, que aparentemente mantinha-se calmo, finalmente decidi romper o silêncio. Aos berros, faz ecoar sua defesa em alto e bom som:
_Não foi um assassinato! Não cometi um assassinato! Parem com isso!
Seu desespero é visível, suas lágrimas banham seu rosto compulsivamente, enquanto sua pele avermelhada combina com seus lábios trêmulos.
_Já disse! Não me acusem!
Seus olhos, iguais a faíscas, passeavam por cada pessoa presente naquele lugar. Não o bastante, apontava-lhes o olhar com o indicador:
_Vocês, seus energúmenos, acusam-me de um crime injustamente. Não sabem ao menos me julgar!!! Todos vocês, ineptos! Já lhes disse mais de uma vez que não cometi assassinato algum! Pois, seus ignorantes, retardados, isto foi um SUICÍDIO!!! Foram os meus sonhos que eu MATEI!!!