Anatomia Materna

Não se sabe como nem quando a primeira MÃE se originou, mas estudos comprovam que isso foi a milhares de anos, muito antes dos seres humanos. Os dinossauros já tinham MÃES e antes deles as bactérias, e antes delas... bom, aí é difícil dizer.

É também de conhecimento geral que assim que se originou a primeira célula MÃE ela já começou a dominar o mundo, mesmo que indiretamente. Mas não pense que ela era mandona (um pouquinho) nem malvada, era bem pacífica e sabia usar muito bem o poder de convencimento. Por trás de grandes imperadores e governantes existe uma boa MÃE, que soube cuidar da sua cria.

Os cientistas ainda divergem sobre como a MÃE consegue sempre prever o futuro e rogar pragas certeiras. Alguns defendem que ela simplesmente diz o que é mais provável que aconteça, mas ainda não conseguem explicar as terríveis maldições da MÃE que sempre acabam se concretizando. Outros dizem que elas possuem uma rede de contatos com outras MÃES e que em bando elas todas armam para mudar o futuro. E ainda existem outros que defendem que a MÃE é mística e possui poderes sobrenaturais, mas ainda não conseguiram provar como. Bom, depois de muitas pesquisas cheguei a conclusão de que o cérebro da MÃE é mais evoluído e que seus neurônios conseguem trabalhar com infinitas possibilidades de futuro. Isso também explicaria como as MÃES que cuidam de suas crias sem a ajuda de PAIS conseguem sempre dar toda a sua atenção e energia a elas.

Um fato curioso sobre a MÃE é como funciona seu instinto de sobrevivência, que não é muito apurado. A cada dez MÃES onze prefeririam salvar a vida de seu filho do que a sua própria, mas inexplicavelmente essa espécie não corre o risco de extinção. Sempre irá existir MÃES para preparar macarrão parafuso e dar beijos de boa noite.

Os cientistas ainda não conseguiram reproduzir uma célula MÃE em laboratório, talvez por que o amor de MÃE seja tão grande que não caiba num tubo de ensaio. Mas uma coisa é certa, não importa como as MÃES se originaram nem qual é a missão delas no nosso planeta, o importante é o carinho que elas nos dão e os abraços apertados. O importante são as risadas e os mimos e toda sorte de perguntas sobre para que serve o Instagram. O importante são os barracos armados em filas de supermercado e os passeios surpresa nas noites quentes de sexta-feira.

Não importa a sequência genética que permite todas essas coisas, o que importa é o Amor de MÃE. Porque isso é infinito.

MÃE, te amo.

Matheus Barbosa
Enviado por Matheus Barbosa em 11/11/2014
Código do texto: T5031079
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