Falsos Amigos do Monge Conhecido.

Havia em um vilarejo montanhoso,

E muito distante, um monge muito falado,

Sempre disposto a ajudar as pessoas e os animais,

E nisso o povo gostava muito dele,

Pois fazia e nada pedia ou recebia em troca,

Além da satisfação de ajudar,

E logo ficou conhecido, como o:

“Monge conhecido”

Mas no Monastério os jovens monges,

Não aceitavam a situação daquele “Monge”,

Ser tão “conhecido” e conspiravam tramas e calúnias contra ele,

E disseram: se nós o fizermos pecar, nosso Grão Mestre,

Terá que expulsá-lo, e nós não precisamos mais ficar perto,

De um monge que gosta de aparecer ou que se acha melhor,

Que nós todos, e nesse momento um deles lembrou:

“Irmãos lembra a mulher deficiente que não pode andar?”

Sim! Todos disseram,

Então, como manda nossa lei, não podemos tocar em mulheres,

Vamos fazer o seguinte:

Amanhã cedo passaremos pelo vilarejo de manhã,

E veremos se ele tem contato com ela. Disseram,

Logo cedo começou a chover muito, e uma tempestade pesada se formou,

Mas mesmo assim os monges saíram,

E na estrada mais a frente à moça estava ilhada pela água,

Que a molhava e a sujava de lama,

Mas um a um os monges passavam,

E se concentravam em seus mantras e cantos,

Por ultimo o monge parou e pegou a menina e a carregou,

Os monges vendo isso logo se distanciaram e observaram,

O monge carregando a mulher a levou para sua casa,

Pois ela morava sozinha, e de forma cuidadosa a despiu,

Aqueceu a água e lhe deu banho,

Secou seu cabelo e vestiu lhe sua túnica,

E terminado o monge foi embora,

Mas os outros monges viram isso, e logo correram para contar ao Grão Mestre,

E na manhã seguinte houve uma reunião,

E todos foram convocados, e todos os monges estavam,

Olhando um para o outro e sorrindo, menos o “Monge Conhecido”,

Pois não sabia da razão daquela reunião urgente no monastério,

Então houve um som alto do sino, e o Grão Mestre entrou,

E disse em voz alta, eu soube que alguém cometeu um pecado,

Contra nossa lei, eu soube que carregaram uma mulher,

E a despiram e a banharam e a vestiram,

Quem de vós fez tal coisa?

E antes que se calasse o Grão Mestre,

Todos apontavam para o “Monge Conhecido”,

E o Grão Mestre disse: Interessante!

E o que tens a dizer em sua defesa?

E o monge humildemente disse:

Eu fiz isto sim, mas o fiz porque meu espírito,

Impulsionou-me a fazer, e minha compaixão ordenou-me,

E isto me cegou para as leis.

Aceito minha punição! Disse o "Monge Conhecido".

Bem! Falou o Grão Mestre:

Esta casa é de amigos e de irmãos, me entristece a alma,

Que seus olhos só viram o mal em atos bons,

Mas a lei é a lei, e expulso todos deste Monastério,

Menos o “Monge Conhecido”.

E um dos lideres dos jovens monges exclamou:

Mas mestre ele a carregou, a despiu e banhou, e o senhor nós expulsa!

E o Grão Mestre respondeu:

Sim, pois o irmão “Monge Conhecido” realmente a tocou,

E a carregou, a despiu, a banhou e a vestiu, mas...

Ele a deixou lá, e seguiu seu caminho,

E todos vocês cegos pelo orgulho e inveja a carregaram até aqui.