O telefone tocou, no ímpeto, o agarrou ainda sonolento. Era a irmã, com a voz pastosa, dizendo que acabará de sofrer violência derivada de uma briga com o marido.
Alex, jovem de 27 anos, tinha vaga ou nenhuma recordação de espancamento, nem dos seus pais. Mônica sua irmã, se casará tão cedo quanto se engravidará.
Embora, não acreditasse de imediato no desabafo da irmã, lágrimas de revolta, corria-lhe a face. Na hora, queria matar o seu cunhado, que sendo o que é não merecia nenhum tipo de pena.
No outro dia, já mais calmo, ligou de volta para Mônica, Esta lhe respondeu que passara a noite separada do marido, ele o marido estava bêbado e a espancou ainda grávida do segundo filho. Alex se pudesse mataria o cunhado a sangue-frio, o ódio subiu-lhe tanto que desligou o telefone no impulso. Meses depois, Alex ouvirá de uma colega comum entre Mônica e ele, que ela havia separado, mas voltará três vezes seguida.
O telefone toca, mais uma vez, o número já conhecido. Ameaça atender... Contudo a raiva, a indignação, agora da irmã, por aceitar o monstro do marido. Atirou o telefone pela janela e com, a face deformada pela fúria, disse em um grito:
- Vá para o inferno!