VOLTANDO PARA CASA

{EU QUERO A MINHA VIDA DE VOLTA!!! EU QUERO A MINHA VIDA DE VOLTA!!! EU QUERO A MINHA VIDA DE VOLTA!!!}

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Johnny era um empresário carioca, famoso e respeitado. Trabalhava no ramo de informática. Estudou muito, se especializou, batalhou bastante, porque queria ganhar muito dinheiro e ficar rico. De fato, isso aconteceu. Johnny pertencia a alta sociedade. Frequentava os melhores restaurantes, se hospedava nos melhores hotéis, morava na maior casa da sua rua, tinha três carros zero quilômetro, duas motos, uma casa de praia, na região dos lagos, no estado do Rio de Janeiro e sempre viajava nas férias para o exterior.

Johnny tinha por volta de trinta e poucos anos e era divorciado. Lucy, sua ex-esposa, era uma veterinária bem sucedida, também por volta de trinta anos e morava numa casa de campo, modesta, porém, muito aconchegante e que foi comprada pelo casal, pouco antes do casamento, para que os dois, após a união do matrimônio, pudessem morar com seus animais de estimação, entre eles, o xodó do casal, um mini pig chamado Gaguinho (uma alusão ao personagem de desenho animado). A casa fica na cidade de Valença, no sul do estado do Rio de Janeiro, onde os dois nasceram, se conheceram e cresceram juntos. Johnny e Lucy foram estudar juntos e se formaram veterinários. Eram jovens idealistas, cheios de sonhos. Suas famílias eram famílias de veterinários e biólogos tradicionais, na cidade. Ambas as famílias cultuavam o hábito de se alimentarem somente de legumes, verduras, frutas e grãos, já que amavam profundamente os animais.

Acontece que desde pequeno, Johnny era inquieto, ao mesmo tempo que amava aquela vida frugal, saudável e simples, tinha dentro de si algo que o impulsionava para os bens materiais. Quando assistia televisão, ficava fascinado com a tecnologia, com as boates, nas grandes cidades, com os carros estrangeiros que via nos filmes, com as facilidades que o dinheiro podia comprar e, prometeu pra si mesmo, que um dia, ficaria rico.

Após o seu casamento, resolveu estudar uma outra área. Passou a se interessar por tecnologia. Se especializou na área e abriu uma loja de computadores, celulares, etc.

Johnny foi deixando a clínica veterinária de lado e, pouco a pouco, Lucy foi ficando sozinha, assistindo o seu amado Johnny seguir, cegamente, o seu objetivo de enriquecer. Em pouco tempo, Johnny estava com várias filiais em outras cidades e, finalmente, chegou à capital, onde comprou uma casa enorme para morar com Lucy, a quem pediu que se desfizesse da clínica veterinária e dos amados animaizinhos, para se mudar com ele. Foi a gota d'água. Lucy, jovem de coração bondoso, não suportou tamanha ganância de seu amado, e ficou. Era o fim da união.

Lucy, apesar de lamentar a separação, vivia muito feliz, ao lado de seus bichinhos. Fez questão de pagar a Johnny a parte que lhe cabia na casa onde moravam e passou a viver em companhia dos animais e de toda natureza.

Johnny, ao contrário, estava cada vez mais cego e desenfreado, na sua ânsia de enriquecer, passou a ser uma pessoa amarga, arrogante e indiferente, com as pessoas. Adquiriu o hábito de beber demasiadamente e passou a se alimentar de carnes. Aliás, frequentemente, realizava churrascos em seu casarão, para deleite dos seus "amigos".

Se alguém perguntasse a Johnny, se ele era um homem feliz, ele certamente respoderia que sim. Mas, a verdade é que algo o incomodava. Algo que ele não sabia bem o que era, mas, quanto mais Johnny enriquecia e adquiria bens, mais se sentia vazio.

Certa vez, quando estava deitado, lembrou de quando era criança e que tinha ouvido do seu avô, um grande contador de histórias, que se alguém cavasse um buraco, sem parar, seria capaz de parar do outro lado do mundo. Ao lembrar disso, Johnny deixou escapar um sorriso... e uma lágrima.

Mas, Johnny estava muito preocupado com as negociações que deveria fazer no dia seguinte e, logo desviou seu pensamento para os negócios e tudo que se passava pela sua mente, agora, era dinheiro e poder, mais dinheiro e mais poder...

Johnny rolava de um lado para o outro, da cama, não conseguia adormecer, tal era a sua ansiedade com as futuras negociações. Mas na realidade, o que perturbava Johnny era mesmo aquela inexplicável sensação de vazio. Mesmo com tudo que ele tinha, do bom e do melhor, parecia que faltava alguma coisa. De repente, nostálgico que estava, resolveu tentar dormir na rede, em seu quintal. Quem sabe, ao buscar um pouco dos seus antigos costumes, ele pudesse relaxar? Pensou.

Ao chegar no quintal, algo lhe chamou a atenção: seu jardim parecia estar com mais vida...

Assim que Johnny comprou a casa, ainda com alguns hábitos bucólicos, resolveu criar um pequeno jardim. No início, havia várias flores, de diferentes tipos, mas, após Johnny ser tomado pela sua ambição, o jardim foi abandonado, as flores murcharam e o máximo que se via era um matinho, que era mantido com a água da chuva. Quando crescia muito, Johnny pagava o Zé (um rapaz que trabalhava nas casas da rua, como uma espécie de zelador) para capinar...

Mas, naquele momento, o gramado estava diferente! Parecia mais vivo! Então Johnny se aproximou daquilo que outrora foi o seu jardim e logo percebeu que em meio ao gramado, havia uma parte, um círculo, que não tinha grama. Além disso, a terra nesse local, parecia mais funda, como se alguém tivesse tirado um pouco de terra dalí. Lembrou, então da história de seu avô e, antes que pudesse se dar conta do absurdo de se cavar um buraco até sair do outro lado do mundo, Johnny se agachou e começou a cavar com as próprias mãos, como se estivesse buscando algo que, nem ele prórprio sabia o que era. Era como se ele pudesse encontrar no fundo daquela terra, aquilo que estava lhe faltando. Desesperadamente, Johnny cavava, cada vez mais forte e mais afoito, até que de repente, Johnny perdeu o equilíbrio e caiu dentro do buraco cavado por ele. Exausto, Johnny "apagou".

Após algum tempo, Johnny sentiu alguém lhe tocar de leve e falar algo que ele não entendeu. Quando Johnny abriu os olhos, tamanha foi a sua surpresa, ao constatar que ele estava numa espécie de aldeia, rodeado por pessoas estranhas.

Johnny se levantou assustado, perguntando o que estava acontecendo e onde estava, mas as pessoas ao redor, apenas riam e conversavam numa língua desconhecida.

As pessoas tinham a pele ligeiramente morena e olhos um pouco puxados, como orientais. Mas, Johhny se recusava a imaginar a possibilidade de ter acontecido o que seu avô dizia. Teria ele saído do outro lado do mundo?

Um jovem acenou para Johnny, dizendo qualquer coisa. Parecia estar sinalizando para que ele o seguisse. Embora, amedrontado, por não ter muito o que fazer, Johnny acabou seguindo o rapaz. Logo, chegou no que parecia ser o centro da aldeia. Muitas pessoas, que pareciam estar retornando do trabalho, alguns animais, crianças, tudo parecia em perfeita harmonia. Johnny recebeu todos os cuidados e atenção, dignos de um hóspede e foi acomodado numa casa, muito simples, de uma família muito simpática. Não tardou a se sentir à vontade e, observando as fotos e outros objetos da casa, foi se dando conta que realmente estava em um país bem distante. Experimentou perguntar em inglês, para o dono da casa, onde ele estava. O casal olhou para um jovem rapaz, que era filho do casal e este respondeu, também em inglês, que Johnny estava no Camboja.

O Camboja é um país da Península da Indochina, no sudeste asiático, cuja capital é Phnom Penh. É um país de muitas florestas, que servem de habitat para várias espécies de animais ameaçados de extinção, algumas, inclusive, já desaparecidas em países vizinhos.

Na aldeia que acolheu Johnny, a alimentação era basicamente arroz, com acréscimo de alguma hortaliças, grãos e frutas. Mas a carne é consumida no país.

Johnny percebeu que esse jovem, seria sua salvação. Seu nome era Chankrisna, que significa árvore. Seu pai, Arun, significa sol nascente e sua mãe, Kolab, significa rosa. Também havia uma menininha de uns sete aninhos, irmã de Chankrisna, que se chamava Tevy, anjo.

Naquela primeira noite, tudo era estranho, mas ao mesmo tempo encantador. Após descobrir que podia se comunicar com Chan, Johnny ficou mais calmo e seguro e começou a contar toda a sua história, que foi ouvida, traduzida e apreciada, pacientemente por aquela bondosa família.

No dia seguinte, Johnny logo foi incorporado ao trabalho nos arrozais. Era um trabalho pesado, mas que era muito prazeroso, porque todos na aldeia se ajudavam e pareciam pertencer a uma mesma família.

Johnny foi percebendo que a vida naquela aldeia no Camboja, embora fosse muito simplória, era plena de felicidade, pois todos tinham o que precisavam para viverem bem. A curiosidade levou Johnny a perguntar a Chan como ele havia aprendido inglês. Chan, um jovem de aproximadamente vinte e cinco anos, explicou que ele foi aos onze anos, passar uma temporada na casa dos padrinhos, na capital Phnom Penh, onde aprendeu inglês e mandarim. Após completar dezoito anos, trabalhou como guia turístico, ganhou um bom dinheiro e, há uma ano, estava de volta a aldeia onde seus pais moravam. Ao ser perguntado por Johnny, por que voltou, Chan respondeu que alí era o seu lar e era alí que residia o seu coração. Johnny, então perguntou o que fez com o dinheiro que ganhou na capital. Chan respondeu que parte, investiu nos arrozais e outra parte guardou para o estudos de sua irmã, a pequena Tevy.

Johnny, por um momento fez silêncio, lembrando de sua esposa Lucy, em Valença e como eram felizes lá, com sua clínica veterinária e sua casa, onde cuidava de vários animais e se perguntou: onde foi que ele se perdeu de si mesmo? Mas logo, Johnny se lembrou dos seu negócios e do quanto estava perdendo dinheiro, ficando ausente de suas empresas e, quebrando repentinamente o silêncio, disse: - Quero voltar pra casa!!!

Chan, sorriu e sinalizou que voltassem a trabalhar. Impaciente, Johnny tentava explicar em inglês ao jovem que não queria ficar alí, que precisava voltar, pois tinha uma empresa sob sua responsabilidade. O jovem Chan, parecendo ignorá-lo iniciou uma espécie de mantra e se afastou...

Nos finais de tarde, todos os moradores da aldeia se dirigiam a um pequeno templo abandonado, eles levavam a colheita, colocavam diante de uma imagem de Buda, onde faziam agradecimentos, orações e cantavam alegremente. O templo possuía um aroma natural de sândalo, pois ficava em um local rodeado de árvores de sândalo. Aliás, além do arroz, aquele simpático vilarejo, também exportava sândalo para a capital, para a produção de incenso. Os animais costumavam acompanhar as pessoas e pareciam reverenciar a imagem também. Em uma ocasião, Jon, como era chamado na aldeia, deu uma escapada do trabalho e foi para o templo, onde se ajoelhou diante da antiga imagem de Buda e, com os olhos cheios de lágrimas, implorou: quero voltar pra minha casa, por favor!

Assim foram os (incontáveis) dias de Johnny na aldeia, sempre que ele se impacientava ao lembrar de suas empresas, Chan e sua família cantavam e recitavam mantras e tudo parecia ficar bem. Johnny já falava muitas coisas no idioma local, o Khmer, o que lhe permitia se comunicar diretamente com o patriarca da família, Arun, sua esposa Kolab, assim como brincar com a sapeca Tevy.

Certo dia, quando Johnny estava trabalhando no arrozal, foi surpreendido pela pequena Tevy, que lhe trouxe uma flor de lótus - A Flor de Lótus é uma verdadeira instituição na Ásia. Simboliza a pureza, pois ela brota das águas lodosas, para a luz do sol, completamente pura. Sem qualquer mácula. Por isso, é comparada ao homem que, após vencer suas imperfeições e impurezas, alcança a iluminação espiritual. - Surpreso, Johnny pegou a flor. Mal teve tempo de apreciar a flor e foi empurrado por Tevy, caindo num buraco que parecia não ter fim. Enquanto caía, ouvia repetidamente, a pequena Tevy dizer em sua língua local uma frase que significava: "O coração do homem é o seu verdadeiro lar. Hora de voltar pra casa!"

Johnny ressurgiu em seu quintal. Assustado, foi para dentro de casa, tomar um banho e dormir. Afinal, tudo parecia ter sido um sonho, cavou desesperadamente um buraco na terra, até que se cansou e dormiu alí mesmo com a cara no buraco cavado e, agora, estava todo sujo de terra e sentindo vergonha de si mesmo por ter sido tão ingênuo de se deixar levar por aquela historinha boba de seu saudoso avô. A verdade é que o dia seguinte seria um dia cheio de reuniões e negociações. Muito dinheiro estaria em jogo.

Após uma noite de sono muito difícil, Johnny, finalmente, se levanta pela manhã, para um longo dia de trabalho. Entretanto, apesar de saber da importância das reuniões que o aguardavam, durante todo o dia, algo ainda o incomodava. Ele sabia que a "hora de voltar pra casa", lembrada pela pequena Tevy, não se tratava de voltar para sua mansão, na zona sul da Cidade Maravilhosa. O pequeno anjo, do vilarejo no Camboja, se referia a algo mais profundo. Johnny não tinha mais dúvidas sobre a coisa certa a fazer: ligou para a matriz de sua empresa, onde haveria as reuniões e, sem dar muitas explicações, apenas dizendo se tratar de assuntos urgentes de família, mandou cancelar todas as reuniões do dia. Confiante, Johnny pegou seu carro (um deles) e saiu em viagem, rumo a Valença. Queria, mais do que em qualquer outro momento de sua vida, encontrar Lucy e os seus animais queridos, em particular, o porquinho Gaguinho.

Algum tempo depois, ao chegar em Valença, tamanha foi a sua surpresa, quando ao chegar em sua antiga casa, viu no lugar dela, uma empresa no ramo de bacon. Sem entender, pensou em ligar para Lucy, mas não precisou, Lucy estava saindo da empresa com alguns homens aparentando investidores. Despediu-se dos empresários e, antes que retornasse para dentro da empresa, foi abordada por Johnny.

- Lucy! o que está acontecendo aqui? Onde está a nossa casa? - Perguntou Johnny, assustado.

- Nossa casa, não. Minha casa. Ou você esqueceu que comprei a sua parte? Ponderou, Lucy.

- Como queira, disse Johnny, mas o que aconteceu?

- Pensei muito no que você dizia sobre ganhar dinheiro. Estava passando por algumas dificuldades com a clínica e com os muito animais que peguei para criar e, então, decidi, por intermédio de meu noivo, um grande empresário do comércio de carnes, investir nessa área.

- Noivo? - Johnny estava desnorteado. - Mas onde estão todos os animais? E o Gaguinho? Como pôde investir no ramo de carne de porco? Onde está o Gaguinho?

Indiferente ao desespero de Johnny, Lucy respondeu: - Os animais que tínhamos, vendi todos eles, através dos amigos do meu noivo. Quanto ao Gaguinho... você sabe, ele teria serventia para meu negócios...

Johnny não podia acreditar no que estava ouvindo! Lucy estava irreconhecível, gananciosa, indiferente e insensível. E o Gaguinho, que triste fim, daquele que foi um dia, o xodózinho daquele casal. Johnny pensou em tudo que viveu até aquele momento e o quanto ele contribuiu para aquilo tudo, de certa forma e, completamente sem ação e, como último recurso, desejou voltar no tempo e gritou desabafando: - EU QUERO A MINHA VIDA DE VOLTA!!!

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Era uma bela manhã, ensolarada, em Valença. Lucy estava preparando a mesa para o café da manhã, quando ouviu seu amado gritando:

{EU QUERO A MINHA VIDA DE VOLTA!!! EU QUERO A MINHA VIDA DE VOLTA!!! EU QUERO A MINHA VIDA DE VOLTA!!!}

Correu para o quarto, acompanhada, como sempre, de todos os animaizinhos da casa. Johnny tivera um pesadelo.

- Johnny, meu amor, tenha calma! É só um pesadelo! Está tudo bem! - Disse Lucy, abraçando seu amado e tentando acalmá-lo.

Johnny, ainda ofegante, porém aliviado, começa a perceber que tudo aquilo que vivera até alí, foi um grande sonho. Tudo bem, um pesadelo, mas não podemos esquecer da parte bonita dessa "viagem", que foi sua passagem pelo vilarejo no Camboja.

- Nossa! - Disse Johnny, aliviado. - Meu amor, há algo sobre mim, que nunca revelei a ninguém, nem mesmo a você. Mas depois desse sonho que tive, preciso te falar.

- Sou toda ouvidos. - Disse Lucy.

- Desde pequeno, sempre tive vontade de enriquecer. Apesar do meu amor pelos animais e à minha profissão, sempre achei que deveria buscar algo que me desse mais... mas essa noite, eu tive um grande sonho, fiz uma grande viagem que me fez uma revelação.

- Qual? Perguntou, Lucy, um tanto preocupada.

Johnny olhou ternamente para sua amada e disse: - Meu sonho me mostrou que sempre fui rico!

Nesse momento, acompanhados de todos os animaizinhos de estimação, na cama do casal, como era de costume, eis que chega à porta do quarto, o mais preguiçoso deles. Johnny não se conteve e pulou da cama, para abraçar aquele porquinho tão amado por aquele jovem casal. Gaguinho parecia sorrir...

Já sentados à mesa para o café, alguém toca a campainha da casa.

- Pode deixar que eu atendo. Disse, Lucy.

Alguns minutos depois, Lucy retorna à sala, com uma embalgem na mão.

- O que é isso, Lucy? Pergunta, Johnny, curioso.

- Ah, era uma menininha, muito bonitinha, de traços orientais, que disse estar vendendo incenso, para ajudar a sua família, então, resolvi comprar um para ajudar. Aqui na embalagem, diz que foi produzido em um vilarejo no Camboja.

Johnny, sentiu um frio na barriga. Mas, tudo bem, era só uma bela coincidência.

- Acende um, então, meu amor! Se for cheiroso, é claro! A propósito, qual é o aroma?

Johnny, não conseguiu conter um discreto sorriso, acompanhado de uma, digamos, "saudosa" lágrima, ao ouvir a resposta de Lucy, quanto ao aroma do incenso:

- É sândalo...

Adriano Soares
Enviado por Adriano Soares em 01/07/2015
Reeditado em 09/07/2015
Código do texto: T5296177
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