O Rabugento
 

Não gostava mesmo não. Ia nem mentir, era chegado às solidões.
Andava sempre só. Quando em vez arrumava uma ficante mas tinha abuso de fêmea no seu pé.

Certo, não nascera sozinho mas nem por isso era obrigado a andar encangado com os outros, ora mais, tinha a sua liberdade e prezava-a demasiado.


Que tinham os outros a ver com sua ojeriza a banhos, sua cara de poucos amigos? Aliás, quem era no mundo que conseguia ficar de bom humor tendo que coçar-se o tempo todo? Que ódio à pessoas! Ódio ao mundo! Ódio a todos!


Só não odiava a Deus. Tolerava-o. Mas só porque ele tinha o cuidado de colocar sua ração em um quarto separado porque sabia das suas preferências, só comia se fosse sozinho.
Como era mesmo o nome de Deus? Ah, Arruda. Ouvia chamarem-no assim.

Tem mais, nem para o Deus Arruda ele abanava o rabo, capaz era de morder seu dono se ele o aborrecesse, ora mais, à merda, todos e todas!
 
Srta Vera
Enviado por Srta Vera em 12/08/2015
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T5343552
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.