O MENINO BONZINHO.

O menino fora dormir cedo.Seu corpinho magro encostado em sua cama frágil...simples,como tudo que o rodeava.O medo dos mais velhos,as brigas por bobagens...(será)?A compreensão do tempo,agora tanto tempo passado,chegou a uma conclusão.Era a falta de amor,afeto,carinho conversas, o olhar no olho a falta de contato,ternura compartilhado.

O menino brincava como todos os outros jogava bola descalço,machucava seus dedinhos com as peladas improvisadas,naqueles tempos, onde a simplicidade e as descobertas eram prioritárias em seu dia a dia.

Seu irmão mais velho bravo severo o assustava,mas ele correspondia,com jeitinho mimoso,com receio de mais uma briga.

O menino cresceu...tornou-se adulto responsável,mas ligeiramente triste,saudoso.

Confidenciando coloquialmente como que ainda assustado de sua infância,dura inóspita...relatou em pinceladas de lembranças, suaves com os esquecimentos, ainda latentes-Sabe quando ele ( Manoel) chegava eu ficava quieto esperando não sei o quê,apenas medo embaixo de meus cobertores.

Somente sentia um cheiro forte vindo lá da cozinha a fumaça aumentava minha dor de estomago (vazio).Queria um pedaço daquilo que estava fazendo.Mas pacientemente ficava quieto com muita fome.

Esperando um naco de carne,o que não acontecia.Não é que ele não dividiria.Era o medo que me induzia há não querer a generosidade que eu não sabia que existia!

Terezinha Dias Rocha
Enviado por Terezinha Dias Rocha em 15/09/2015
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T5383142
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