Adeus, meu filho

Áureos anos 2000. Um final de semana que tinha tudo para ser tão maravilhoso. Aproveitei o que tinha de melhor nessa vida, meu filho. Podia ter sido, apenas, um dia comum...

Era uma tarde ensolarada. Eu estava cansada dos meus afazeres. Não tinha tempo para mim. Quando olhei aquele menino, brincando sozinho, resolvi que precisava de um tempo com ele. "Meu filho, vamos sair?" - perguntei com muita alegria. Com aquela felicidade, de um menino de 5 anos, aceitou sair comigo.

Chegando ao shopping, eu queria olhar todas as coisas do mundo. Enquanto via de tudo, ele só queria brincar no seu planeta. Podia tentar controlar, mas ele era meu orgulho. A inocência falava mais alto diante daquele olhar puro e sincero. Era o meu dia com ele. Precisava realizar tudo entre nós.

Ao último andar, meu filho encontrou tudo que ele esperava. Era o seu paraíso. Um lugar cheio de cores e desejos. Risos e gargalhadas se misturavam numa sinfônia tão agradável. Minha felicidade de realizar aquele momento era mais alto que outra coisa no mundo. Desviei meus olhos. Ele viu outro encantamento. Num piscar, desapareceu.

Minha agonia e desespero se misturavam. Minha voz ecoava no meio da aflição. Pessoas me ajudavam. Todos queria achar o meu filho. Eu não podia ter perdido-o. Era o meu companheiro. O meu filho. A minha parte mais completa. Todos agiam e ninguém encontrava. Eu chorava. Uma senhora, sentada, chama-me e diz que ele foi embora atrás do mumdo dele. Meu coração partia.

Em casa, sentia-me uma fracassada. Meu choro se confundia com uma faca estancada em meio peito. Ele era tudo na minha vida. O amor que jamais seria descrito. Foi embora se dizer um adeus. Olhei sua foto. Sua alegria. Beijei e disse aquilo que não consegui: "Adeus, meu filho".

Autoria original: Bibi de Macedo

Redigido: Felipe Cassulo de Melo

Baseado num pesadelo acontecido com a autora.

Sofia do Itiberê e Bibi de Macedo
Enviado por Sofia do Itiberê em 23/02/2016
Código do texto: T5552612
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