Minha história de amor

ESSA HISTÓRIA CONTA COMO NOS CONHECEMOS AQUI NA INTERNET

Quarta-feira, Junho 02, 2004

NOSSA HISTÓRIA DE AMOR

Um dia numa sala de bate-papo um nick me chamou a atenção.

Diferente de todos que ja tinha visto, SH@RP/RJ.

Azul, letras maiúscula.

Não sei porque mas algo me dizia que ali naquele nick havia um grande homem.

E que alegria sua entrada na sala causava a todos que ali se encontravam.

Sempre gentil a todos cumprimentava com uma palavra de carinho,

de apoio ou simplesmente com um olá.

Eu ali quietinha observava aquele homem.

Durante algum tempo me contentava apenas em vê-lo teclando,

conversando com seus amigos.

Como chamar a sua atenção sem parecer oferecida?

Eu vinha de uma viuvez de 13 anos.

Dois filhos, tinha me fechado para o amor.

Pensava: vou viver para meus filhos.

Não queria me envolver com mais ninguem.

O meu lado mãe era predominante. O meu lado mulher? Já tinha esquecido.

Quer dizer achava mas aquele estranho numa sala de bate-papo

me revelou que eu era "mulher".

Começaram então minhas entradas na net para vê-lo teclar.

Ele nem sabia que eu existia.

Mas já o tinha em mente e cada dia que passava essa vontade de vê-lo na sala ia ficando mais forte.

O que estaria acontecendo comigo?

Nao sei!

Só sei que eu precisava chamar a atenção dele para mim.

Ao mesmo tempo nunca confiei e nem acreditava em relacionamentos que surgem na internet.

Ah, mas eu podia teclar com ele sem me revelar.

Apenas conversar...

Uma noite entrei com o nick de Katia e não sei como ele me notou e começamos a teclar.

Vieram as primeiras perguntas.

Qual o seu nome? Qual a sua idade? De onde voce é? Bem o nome eu de ontem eu era revelei o certo.

A idade eu tirei uns aninhos. E assim começamos a teclar todos os dias.

Ficava ansiosa esperando dar meia-noite para encontrá-lo na sala.

Da sala passamos para o ICQ. Um dia ele me mandou sua foto.

Adorei...

Disse que gostaria de também receber a minha.

Enrolei algum tempo. Ele sempre insistindo.

Não havia mais como não enviar-lhe...

Foi quando navegando pela net achei um site só com fotos de moças modelos.

Pronto estava resolvido o meu problema.

Salvei a foto de uma linda moça de uns 20 anos mais ou menos loira,

olhos azuis, corpo perfeito...

A noite como de costume ja estava com o icq ligado esperando-o.

Ele entrou me cumprimentou e foi logo cobrando a foto.

Nas mesma hora disse que a mandaria e assim o fiz.

Lógico ele se encantou de imediato.

Como não tinha mesmo intenção de estender aquele relacionamento para a realidade não me preocupei com isso.

Mas o envolvimento foi crescendo e passamos a nos comunicar também via telefone.

Víamos o dia clarear na net e no fone.

Pois já estava completamente envolvida por aquele homem.

Depois da foto que ele julgava ser, veio a calmaria.

Teclávamos todos os dias. Muitas confidências, muita amizade.

Era o início de um grande amor.

Mais eu me sentia incomodada pois pairava no ar uma mentira.

Levando essa relação virtual do jeito que podia....

Como todos devem saber a mentira é como uma bola de neve.

Uma vez iniciada não para mais.

Para ele eu era uma moça universitária, quando na verdade não o era.

Que tinha vinte e quatro anos o que também não era verdadeiro.

Tinha um pai severo, quando nem pai tenho mais.

Sendo viúva dizia-se solteira.

Mais chegou o dia que eu mais temia:

ele queria me conhecer pessoalmente. O que fazer agora?

Eu já o amava tanto! E essa era a única verdade disso tudo.

Pensei muitas vezes em desistir. Sumir da net.

Se era terrível lhe contar a verdade mais terrível ainda seria perder

a única maneira de tê-lo que só a virtualidade me dava.

Tinha armado uma emboscada para mim mesma.

Cada dia a insistência dele em me conhecer era maior.

Para me livrar dessa situação dizia-lhe que o meu pai era severo,

que me prendia muito em casa.

Como havia dito que era universitária em odontologia arrumei um hospital aqui em Niterói o Antonio Pedro no qual fazia estágio.

Por mais que eu colocasse obstáculos para não haver esse encontro ele não desistia.

Na época havia na vida dele uma namorada.

Não houve jeito e marquei o primeiro encontro no qual sabia que não compareceria,

mas também tinha a curiosidade de vê-lo em carne e osso mesmo que fosse de longe.

Que vontade de descer!

Dar um abraço, um beijo e dizer eu sou a Laura.

Mas como? Não era essa Laura que ele esperava.

A da foto não era aquela que estava ali a se apresentar.

Recuei e não desci...

Depois de muito esperar por mim ele desistiu e foi embora.

Da mesma forma que fiquei triste, por não poder tocá-lo, acarinhá-lo, beijá-lo

estava contente por tê-lo visto mesmo que de longe.

Mas uma nuvem escura passou em minha mente.

E agora?

Estaria ele muito decepcionado? Ainda teclaria comigo?

Que desculpa inventaria? Não tinha a mínima idéia do que fazer.

Mais no outro dia como de costume lá estava ele num recadinho no icq.

Queria saber o porque da minha ausência no nosso primeiro encontro.

O meu pai severo entrou em cena de novo...

Não me deixou sair e não pude encontrá-lo.

Mais uma vez ele aceitou a desculpa e continuamos o nosso namoro virtual

com a promessa que marcaríamos um segundo encontro.

O encontro foi marcado...

Ficou combinado que nos encontraríamos em baixo do meu edifício.

Dia e hora combinado.

Agora era só esperar.

Ele atravessou a ponte Rio-Niterói e veio ao meu encontro.

Da janela do quinto andar finalmente eu o via de longe.

Tudo temporariamente ia bem.

O meu amor por esse homem ia se aprimorando.

Quando juntos não estávamos na net, juntos estávamos ao telefone,

mas no íntimo vivia em total agonia. Ele iria me cobrar o segundo encontro.

Da mesma forma que meu amor crescia o ciúme também na mesma proporção...

verdadeiro ciúme eu sentia de suas amigas da net.

E eram muitas. E tinha tanbém a namorada real.

E ele sempre me dizia: para construir um novo muro é necessário derrubar o outro.

Mas como exigir dele uma definição se não mantinhamos um namoro real?

Já pensaram o que é para uma mulher ciumenta e

apaixonada saber que o seu amor tem alguém?

Ficava aqui ruminando:

Será que ele agora esta com ela? Estarão se beijando?

Estarão fazendo amor? Como eu sofria com isso tudo!

Na época um amigo dele tinha um site na web para mandar torpedos.

Era muito frequentado pelo pessoal da sala três.

E ali como havíamos combinado regávamos amor como se fosse uma plantinha.

Muitas declarações deixamos ali um para o outro.

Sentia-me plena como mulher,

teclar com ele era maravilhoso! gentil, amigo, respeitador, companheiro.

Nunca pensei que na net,

numa sala de bate-papo pudesse encontrar um homem assim!

Fazia as tarefas diárias cheia de pressa para a noite estar livre e me dedicar somente a ele.

Mas a cobrança do encontro pairava no ar.

Meu Deus como isso me deixava no fio da navalha!

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Uma noite ele chegou e foi taxativo: amanha eu vou ai. Tremi. E agora?

O pensamento foi rápido e lhe disse que não poderia,

pois estava participando de um seminário na faculdade e ainda tinha o estágio no hospital.

Mesmo assim ele nao desistiu.

Na manhã seguinte o telefone toca e era ele dizendo que estava embaixo do meu edificio.

Tinha sido eu a tender o telefone mas como minha mãe tem a voz parecida me passei por ela e disse que a Laura estava no hospital.

Tinha me esquecido que havia lhe dado o endereço. Chegando a janela ainda o vi pedindo informações a uma pessoa.

E lá foi ele certo que me encontraria...

Embora não conhecesse bem a cidade de Niterói foi fácil para ele chegar até o hospital.

Estacionou o carro entrou pelo hospital a dentro procurando pela Laura,

que ele conhecia só por fotos. Falou com pessoas, funcionários e ninguém conhecia.

Nem podia...

Desanimado pegou o rumo da ponte e voltou para casa.

A noite ligou para mim e contou toda a história.

Eu consegui convencê-lo que ali era um hospital de emergencia e não era fácil encontrar uma estagiária.

Mas uma vez o meu amor esteve tão perto de mim eu eu não podia estar com ele.

Continuamos a teclar. Esses eram os melhores momentos de minha vida!

Até dava para esquecer da situação difícil em que eu me encontrava.

Mas eu sabia que ele nao dedistiria o que era normal.

E veio o pedido para o terceiro encontro...

Marquei num restaurante onde estaria com minha familia.

Mas adiantei que não poderia chegar até ele pois meu pai estaria presente

e não aceitaria o nosso namoro.

E chegou o dia ......

Trégua de novo...

Quantas vezes eu pensei em lhe contar a verdade!

Mas o receio me invadia e eu recuava.

Agora só me restava ir prolongando esse tempo em que tudo finalmente terminaria, sim,

pois eu já não mais acreditava que um dia estaríamos frente a frente.

Os dias foram se passando, noites inteiras de muita troca de carinho em palavras ou ao fone.

Uma noite ele diz: Laura, gostaria de ir ao seu seminário. Gelei.

Iria começar tudo de novo!

E o seminário nunca acontecia e ele cobrando.

Até que resolvi dizer que o evento nao seria em Niterói e sim em outro município bem longe daqui.

Isso na esperança que ele desistisse...

Que nada.

Inclusive disse que levaria uma câmera para filmar tudo.

Comprou presente para mim.

Um lindo baby doll e fez um cartão me desejando boa sorte.

Chega o dia.

O pouco conhecimento que ele tinha de São Gonçalo fez com que ficasse perdido indo parar no meio de uma favela.

Como nao achou o lugar voltou para Niterói e deixou na portaria do predio que eu morava a lembrança que me foi entregue pelo porteiro.

Volta para casa mais uma vez decepcionado.

E essa tinha sido a quarta vez...

E veio o quinto encontro dessa vez no hospital.

Pensei: ele não me conhece, só a moça da foto que não existe.

Sendo assim eu poderei estar bem perto dele sem ter que me apresentar.

Mas teria que arrumar um motivo...

Saio de casa na hora do combinado e vou para o hospital.

Assim que chego já o vejo logo. Passo bem perto sem chamar a atenção.

Ali estava ele tão perto e tão longe!

Paro penso e me vem a idéia mais ousada que já pude ter...

Pego uma caneta, escrevo um bilhete e vou entregá-lo dizendo que sou amiga da Laura e ela me pediu esse favor.

No bilhete estava escrito: Amor por favor vai embora meu pai esta aqui e não posso estar.

Ele pega o bilhete da minha mão e ainda pergunta: Onde esta a Laura? Digo que ela nao pode sair e saio.

Não sei por quanto tempo ainda fiquei a olha-lo de longe.

Volto para casa.

E mais uma vez vieram as desculpas, as explicações.

E chega o dia do sexto encontro que também não compareci.

Entre um encontro e outro não acontecido havia momentos de trégua em que ficávamos na net a teclar.

Chegou a hora do sétimo encontro.

Na hora marcada ele chega para o carro a embaixo do meu edifício, interfona e diz que é para eu descer...

eu desço e ele reconhece a mulher que lhe havia entregue o bilhete na porta do hospital.

Pergunta pela Laura e eu digo que ali não mora nenhuma Laura.

Sem entender nada pede mais explicações...

Digo que talvez tenha sido coisa de uma moça que morava em minha casa.

Já não era possível sustentar essa mentira.

Ele atordoado parte.

A mais de 100 km por hora pela ponte Rio-Niterói.

Tenho certeza que nunca vivi uma situação tão difícil em minha vida.

Agora estava certa que tudo estaria terminado.

Assim que ele sai, eu subo e a preocupação é enorme, pois nesse dia chovia muito e ele foi em direção a sua casa em alta velocidade pela ponte Rio-Niteröi.

Fico imaginando: será que chegou bem? Como sabia mais ou menos o tempo que levava da minha casa a até a sua calculava que já devia ter chegado.

Que vontade de ligar para saber se tinha chegado bem! mas cade coragem para isso?

Não esperei muito tempo...

Toca o telefone.

Só podia ser ele.

Não atendo...

E quem o faz é o meu filho Bruno que ouviu poucas e boas.

Chama sua mãe! ele diz...

Mando dizer que não estou.

Então chama sua avó!

Minha mãe atende e ouve tudo que deveria ser tido a mim.

Entre desabafos e ameaças ele dizia que iria colocar pessoas na minha cola e descobrir toda essa trama.

Desliga e passo alguns dias sem saber notícias dele.

Mas o via na sala três conversando com amigos e desabafando com a Malukinha,

uma amiga nossa que acompanhou toda a história desde o início.

Ficava eu na sala com um nick diferente, só observando mas com medo de lhe falar e ser distratada.

Aliás durante alguns dias sentia muito medo pois ele fez várias ameaças.

Não deixava as crianças sairem a rua e eu mesma saía muito pouco...

mas o tempo foi passando, a saudade aumentando e a vontade de lhe falar era enorme.

Maior que o medo.

Um dia abrí o icq e lá estava ele onlinne.

O cumprimentei apenas com um oi...

A resposta foi cruel: disse que estava bem

e que e que havia reatado com a antiga namorada e que o ocorrido só havia fortalecido a relação entre os dois.

Diante disso me afastei... Mas ficava lhe enviando mensagens para o site dos torpedos com um nick diferente.

Assim se passaram mais alguns dias. Até que um dos meus tropedos foi retribuido.

Nele ele apenas dizia saber quem era eu.

Sua raiva já estava passando e começamos a teclar de novo ...

Lógico que agora bem menos crédulo ele queria saber quem realmente era a pessoa que teclava com ele.

Não tive coragem de lhe dizer que eu era a mulher que lhe entregou o bilhete no hospital

e a mesma que o atendeu na portaria do edifício. O pensamento foi rápido!

Aquele edifício onde você esteve eu trabalho lá...

A dona é Laura que por coincidencia é o meu nome também.

Com o acontecido fui despedida mas já arranjei um novo emprego. Agora sou dama de companhia de um senhor idoso.

O Sr. Alcides...

E qual o telefone dai? me pergunta ele.

Ainda é muito cedo para lhe dar pois sou nova aqui e não quero abusar.

Com o tempo eu o darei.

Pode me dizer quem é na verdade você?

Foi taxativo.

Bem sou uma moça de família humilde,

não moro em Icaraí e sim na Engenmhoca um bairro aqui da periferia de Niterói.

Geralmente moro nas casas da pessoas para quem trabalho.

Pergunta ele:

Mais toda casa que você trabalha de um PC?

Respondo: É tenho tido sorte e sempre tem um PC onde trabalho sim e

como dama de companhia trabalho a noite dando remédios a pessoas idosas e

nas horas noturnas vagas eu uso o computador, pois não possso dormir.

Ele então insiste para que lhe envie uma foto, mais ele quer a verdadeira...

Amanhã eu mando pode deixar respondo eu.

Nos despedimos com a promessa que no dia seguinte lhe mandaria a foto...

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Ligo o icq esperando com a foto engatilhada para mandar pois sei que a primeira coisa que ele irá pedir...

Icq chamando, olho e lá esta o meu amor.

Sim o meu amor...

Apesar de todas as inverdades é esse o homem que eu amo. E por ter começado uma mentira não sei como sair dela.

Como havia previsto assim que fica online depois de uma boa noite rápida a segunda coisa que tecla é:

vai mandar a foto?

tinha achado a de uma moça. Dessa vez nenhuma modelo.

Apenas uma pessoa comum amiga de minha filha.

Mando a foto.

Ele abre e pergunta: É você mesma? Sim sou eu, respondo.

Não me faz mais nenhuma pergunta e seguimos teclando.

Agora ele esta como gato escaldado...

Insistindo sempre para que lhe dê o número do telefone. Como eu tenho duas linhas telefonicas em casa, uma a que ele conhecia a outra só para me conectar a internet.

Ná época não era a cabo.

Penso e lhe dou a linha que ele ainda não conhecia.

Anotado fica a promessa de ligar no dia seguinte....

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Só que ele não sabia que esse telefone ficava o tempo todo ocupado pois tinha sempre alguém internautando.

A noite como de costume lá estávamos de novo no icq.

Ele me diz que tentou ligar o dia todo mas só dava linha ocupada.

Dou uma desculpa qualquer e continuamos a teclar.

Passam-se os dias e nada dele conseguir falar comigo ao telefone.

Desconfiado ele pede a um amigo que trabalha na Telemar que procure saber de onde era

o telefone cujo número tinha lhe dado e deu também do fone que ele já conhecia.

Dias depois esse amigo diz que os dois números são do mesmo endereço e diz qual.

Ele fica então sabendo que os números são daquele lugar que havia estado.

Sabedor de tudo me espera a noite pressionando para que eu fale a verdade.

Desconecto e ligo para ele. tento ainda uma saída mas não havia como...

Atortoada começo a chorar ao telefone e desligo.

Dessa vez a mentira havia durado pouco e estava mesmo num beco sem saída.

Decidi:

Vou desistir.

Não havia mais como manter esse amor que por minha culpa era só virtual...

Decidida a não mais procurá-lo ia seguindo a minha vida.

Agora meio vazia pois estava certa que tinha perdido o meu amor.

Mas continuava a entrar na sala 3 onde sabia que ele estava só para vê-lo teclar...

Ele foi tirando as suas conclusões e juntando as peças desse quebra-cabeça,

começou a achar que a mulher que lhe entregou o bilhete era a que o recebeu na portaria do edificio.

Essa deveria ser a Laura verdadeira: pensou.

Mas eram só deduçoes...

Ele tinha que ter a certeza.

O que ele fez?

Colocou dois caras conhecidos dele na minha cola durante alguns dias,

e eles descobriram que realmente tinha uma Laura moradora e pela descriçao era a mesma que tinha lhe falado.

Ficamos alguns dias sem nos falar.

Eu não ligava mais o icq certa que tudo estava terminado.

E quando entrava na sala era sempre com nicks diferentes.

Esperança de voltar a teclar com ele já não tinha mais...

As noites se tornaram frias e monótonas.

Sentia-me triste, carente e solitária.

Então começava a pensar nele. Gostaria tanto de sentir seus beijos,

seus abraços.O que restou dentro de mim com esse afastamento foram as ilusões e os sonhos de amor que não vive na realidade.

Brinquei com fogo e me queimei...

Brinquei com ele e me apaixonei...

Não deixei que ele se torna-se real para que pudesse amá-lo em toda a minha plenitude.

E por minha culpa os dias se tornaram longos,

as saudade se fezconstantes e a paz virou angustia.

Ficava pensando nele com a outra, a real,

a namorada que podia estar com ele.

Lembram que eu disse que com a descoberta da verdade tinha reatado o namoro com a antiga?

Mas Deus é pai e uma noite estou na sala com meu próprio nome à toa apenas olhando como sempre...

De repente entra um cara com o nick de Shaninho e me pergunta: Por que você esta tão quietinha e não fala com ninguém?

Não respondo.

Ele insiste: Você é a Laura de Niterói?

Respondo: sim, e você é o Eduardo da Tijuca?

Só podia ser pois apenas ele sabia que eu era dessa cidade.

O diálogo era rápido. Meu coração aos pulos.

Ele diz: Olha briguei com a Ana, agora pode ser a nossa vez.

Já calculo quem você é a minha Laura.

Só preciso de uma foto para confirmar...

Um fio de esperança surge em mim.

Imediatamente pego uma foto em meu arquivo e mando.

Ele recebe, abre e vê confirmada a suspeita que tinha

que aquela mulher que por duas vezes esteve perto era a Laura de verdade.

Ele perguntava e eu respondia: Qual a sua idade? trinta e nove anos.

Casada ou solteira? Viúva. Tem filhos? Sim dois, um casal.

Moro com minha mãe e um irmão. Sou professora mas não exerço a profissão.

Pronto finalmente a verdade dita...

Ficamos teclando por mais algumas horas e me despedi com a alma lavada

e com a promessa dele me telefonar no dia seguinte.

Estava tão eufórica que mal podia dormir.

Pela manhã toca o telefone e reconheço a linda voz de meu amor.

Eu agora mais solta, plena e podendo lhe falar a vontade, sem medo.

Ficamos de nos encontrar no sábado.

Eu ainda receosa.

Será que ele não vai se vingar?

Pois havia me dito que agora queria tudo que tinha direito.

Mas mesmo assim o tão esperado encontro ficou marcado.

Estava super ansiosa.

Chega sábado.

As horas se arrastam.

Será que ele vem?

Toca o telefone.

É ele.

Desculpa-se e diz que ainda não esta preparado para esse encontro depois de tantas vezes vindo e indo inultilmente.

Postado por , em 8:59 AM

Assim é o meu amor.

Romantico, amigo, fiel, carinhoso.

É o tipo de homem que faz com que qualquer mulher que esteja ao seu lado se sinta amada e não usada.

Nos finais de semana passavámos, horas e horas dentro do carro,

com uma linda vista para o mar tendo como fundo o Pão de Açúcar.

Transformávamos o pequeno veículo em nosso mundo...

Ali lanchávamos, dormíamos e nos amavámos.

Ficamos conhecido do pipoqueiro, do dono do quiosque,

da moça que caminhava no calçadao, dos pescadores de final de semana. Quem nao conhecia o casal do Pallio azul -marinho?

Chega o terceiro mês de namoro...

Será que ele esqueceu? Penso.

Que nada. Sou presenteada com mais um cartao.

07/de julho de 2001

O tempo flui e a cada dia, me sinto melhor, mais renovado ao teu lado

querida e amada Laura. Três meses se passaram e parece que estamos juntos há anos.

Meu amor por ti a cada dia cresce muito, AMO VOCÊ DEMAIS, e olha que você ganha de mim.

Feliz o homem que tem como companheira uma pessoa tão linda, tão amável como você é...

MINHA MULHER.

Tin! Tin! saúde...A nossa felicidade sempre.

TE AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Edu

Sempre, sempre meu amor regando a nossa plantinha que estava cada dia mais forte...

Chega o mes de agosto duas datas para juntos comemorarmos.

A primeira o nosso quarto mes de namoro.

Se teve cartão? Claro que sim...

Eu te amo cada vez mais.

Quero que voce seja a mulher de minha vida para sempre.

Vocês devem estar se perguntando. Qual a outra data?

Doze de agosto, dia do meu aniversário.

Vejam que carinhoso:

Minha doce e amada mulher, o primeiro de muitos que passaremos juntos,

e que sua manhã, pois o dia será seu e meu!

Seja tão delicioso como.

Feliz aniversário, até já !

Te amo de paixão, seu sempre Edu

Esse chegou com uma linda cesta de café da manhã.

A tarde ele me surpreendeu me levando de carro

no lugar onde fizemos amor pela primeira vez e lá me presentou com um discman...

A noite jantamos num restaurante Mineiro onde cantamos parabéns,

rodeado de amigos e funcionarios da casa...

Assim íamos vivendo o nosso amor.

Sem brigas, muito ameno, companheiro, cheio de comemorações.

Brindando a vida e o amor que sentimos um pelo outro.

Quantas tardes passávamos no nosso cantinho olhando o mar,

o mergulho das gaivotas, os peixes saltando.

Tardes de inverno dentro do carro,

aconchegantes e aconchegados um ao outro...

Domingo sempre foi o dia mais triste para nós,

pois tínhamos que esperar a quarta-feira para estarmos junto de novo.

Esse dia da semana não ficávamos no nosso cantinho em frente ao mar.

Íamos para um canto mais íntimo onde com muito amor nos amavamos.

Dia de entrega...

Dia que Eduardo e Laura se fundiam um ao outro.

E foram muitas quartas assim.

Como o tempo passa rápido!

Chega o quinto mes de namoro.

Sem comentários apenas leiam:

É amor....o tempo passa na nossa vida de amor eterno,

e ele fica mais forte como sempre desejamos.

Que Deus abençoe o nossa união.

07/09/2001...

Chega setembro,

Primavera.

Estação das flores. O nosso amor já esta florido a muito tempo!

Pois esta sempre muito regado de afeto.

Mas o nosso amor não é feito só de coisas sérias.

Tem humor...

bem vou contar como tudo aconteceu.

Nas tardes na praia de Gragoata o carro ficava estacionado numas vagas bem perto da calçada.

E ali numas pedras como já disse em capítulos atrás tinha os pescadores de final de semana.

Alguns deles até conseguiam pegar alguma coisa .

O Edu adorava quando o anzol era puxado e vinha algum peixe,

pulando, esperneando para se salvar.

Vendo aquilo quase sempre despertou nele a vontade de pescar.

E partiu para a ação.

Comprou a vara de pescar, anzol, isopor para colocar gelo e os camarões, faca e linha.

Coisas que um bom pescador deve ter.

Tudo feito chega o grande dia...

É armada toda a parafernália na calçada. Eu ali só olhando.

As vezes sentada na calçada na cadeira de praia ou ficava dentro do carro ouvindo música.

Ele foi tomando gosto e todo final de semana passou a ser dia de pescaria.

E foram muitos e muito dias. Até que um certo dia....

Esse dia foi cômico.

De tanto ver o Edu pescar eu também fui contaminada pelo gosto a pesca.

De vez enquanto arriscava dar uma puxadinha na vara.

Nada de extraordinário. Arriscando engatinhando na arte de pescar.

Mas chegou a minha vez.

Como ele tinha levado duas varas e se afastou muito de uma,

de longe me pediu para que eu puxasse pois achava que tinha pego alguma coisa.

Mas que depressa começa a puxar.

Antes leve. De repente começa a ficar pesado.

Consegui trazer toda a linha mais eis que surge na ponta do anzol aquele bichinho esquisito,

se torcendo, se enrolando toda na linha.

Edu veio em meu socorro e conseguiu matar aquela coisa feinha com cara de mau.

para mim uma cobra mas deve ter outro nome.

Pronto fiquei achando que pescar era moleza.

Vendo-me ali sozinha, pego e arremesso o anzol só que foi tudo mar a dentro.

Quando Edu de longe vê aquilo tudo embolado, me fuzilou com os olhos.

Acho que naquele momento sua vontade era me jogar ao mar também.

Foi quase uma hora para conseguir colocar tudo em ordem.

Paguei o maior mico.

Saí de mansinho entrei no carro e fiquei recolhida a minha insignificância....

Postado por , em 8:57 AM

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Nome: Conectada e SH@RP/RJ

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Enviado por Conectada em 06/10/2005
Código do texto: T57196