O Conto da Baleia Azul

Tinha já mais do que cristo a idade

Quando numa folha velha de revista largada ao chão

Que registrada planando submersa no seu ir e vir

Pude ver a ela em toda sua excelsa figura

Pensei eu todo sorriso por sua beleza

Que majestosa figura ela possui

Que grande amor à concebeu assim azul

Sublime só pelo seu existir singular

Para que fosse provas a quem quisesse pensar

Que nada é por acaso realmente nesse existir

Cuja urgência a matemática nem pode somar

Então quando dos quarenta verões

Começou o meu tanto esvair-se

Pude vê-la outra vez em todo o seu longínquo

Registrada agora em movimento para sempre

num balé dançado para Deus excelso

Uma dança não pensada apenas manifestada

Desprovida d'ma graça polida pelo esmero da razão

Mas provida imensamente de um iluminar impar e natural

Quando ela foi sumindo na imensidão do oceano

Sobrou na lembrança por uma presa que ela fez

Sua nadadeira inacreditável refletindo

Como fosse a forma d'um concorde que corta o ar suspendido

Ondulava levemente longe da razão dos homens

E impulsionada creiam se quiserem

Por um coração que logra a dimensão d'um fusca

Nisto e quase etéreo por tanto encanto

E preso em minha humanidade pensei

Quanto amor cabe dentro daquele bobo

Quanto mais em quem a formou.

Ediondo
Enviado por Ediondo em 16/01/2017
Reeditado em 17/02/2017
Código do texto: T5883290
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