Insensatez
Ela fraqueja
por um instante já não tem tanta certeza,
seus passos são inseguros
e a dúvida imerge como se flutuasse a sua volta,
São balões coloridos
perdidos na noite
como vaga-lumes.
Desvanecem seus sonhos
um a um.
entorpecida pelo que sente
perdida e confusa
como a névoa, ao amanhecer
ela serenamente fecha os olhos
ouvindo os acordes da imaginação
são poucos os passos que precisa dar
mas vacilantes e inquietos.
Um caminho certo, para uma vida incerta.
Os pés descalços sentem o frio da relva
Depois, tocam a aridez da terra.
O orvalho deixa úmido seu rosto já triste
ela ouve o bater das asas de um pássaro e olha para o infinito
no espaço não há barreiras
nem lugar para a dor
na leveza do nada
já não existe temor.
Sente o vento acariciar seus cabelos e abre os braços para o vazio
a amplitude toca seu coração.
seu voo não será como o das aves
Tudo se eleva,
se enleva
numa átomo de segundo
Ao alcance das mãos,
com o ar em movimento
controlará seu próprio instante
dona absoluta do seu destino
com seu propósito silencioso
a insensatez dará liberdade a todas as suas angústias.