Insensatez

Ela fraqueja

por um instante já não tem tanta certeza,

seus passos são inseguros

e a dúvida imerge como se flutuasse a sua volta,

São balões coloridos

perdidos na noite

como vaga-lumes.

Desvanecem seus sonhos

um a um.

entorpecida pelo que sente

perdida e confusa

como a névoa, ao amanhecer

ela serenamente fecha os olhos

ouvindo os acordes da imaginação

são poucos os passos que precisa dar

mas vacilantes e inquietos.

Um caminho certo, para uma vida incerta.

Os pés descalços sentem o frio da relva

Depois, tocam a aridez da terra.

O orvalho deixa úmido seu rosto já triste

ela ouve o bater das asas de um pássaro e olha para o infinito

no espaço não há barreiras

nem lugar para a dor

na leveza do nada

já não existe temor.

Sente o vento acariciar seus cabelos e abre os braços para o vazio

a amplitude toca seu coração.

seu voo não será como o das aves

Tudo se eleva,

se enleva

numa átomo de segundo

Ao alcance das mãos,

com o ar em movimento

controlará seu próprio instante

dona absoluta do seu destino

com seu propósito silencioso

a insensatez dará liberdade a todas as suas angústias.

Tânia Mara Paula
Enviado por Tânia Mara Paula em 24/07/2017
Reeditado em 26/12/2017
Código do texto: T6063956
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.