...Depois de Mim, Antes de Nós...
No geral, as memórias e pensamentos nos "trancam" no tempo. Claro, a consciência é livre em todos os sentidos, mas, às vezes, ela prefere este estado de coisas. Vamos dizer que, estar super-focada numa determinada tarefa, a faz se identificar com a situação. Nestes termos, a consciência geral se vê momentaneamente identificando-se com o ego. Este, por sua vez, é o que ela pensa ser num tempo e num espaço definidos. Logo, e assim, pensamentos e memórias definem o ser humano nesta experiência, e quando você fala que "é" você, você está simplesmente se referindo aos seus pensamentos e memórias na conjuntura de sua experiência, do nascimento, ao que chamam morte.
Nem mesmo o ego atual morre, no sentido que dão à palavra. Como o ego são as sucessões de pensamentos e memórias, os pensamentos e memórias de todos os egos vão se interligando, sucedendo a experiência, e, por isso mesmo, juntando-se a ela. Um ego terá, então, conhecimento do outro, e este outro, sobrevive, nas memórias dos demais.
Um dia, essas memórias e pensamentos deixam de ser as coisas mais importantes para você. Isto, no sentido de se apegar a elas para definir quem você é. Elas passarão a ser o caminho que você percorreu, e não quem és. Há uma diferença nisso. Você, então, passará a identificar-se mais com as sensações que teve enquanto vivia, do que com as memórias e pensamentos. Sensações profundas, são aquelas que despertam memórias, e podem viver independente delas, como por exemplo, um aroma muito específico, que evocam momentos de sua infância, ou a sensação de um abraço, que traz a tona o momento vivido, em cada detalhe e impressões. Você, muito literalmente, vive de novo o acontecimento. Isso, basicamente, é a Alma. Ela é feita de sensações. O ego, de memórias. Sensações são atemporais.
Então, quando Vamos à sua Terra, "chegamos" aí, porque usamos as sensações e as memórias que aí tivemos, naquelas que nos fizeram bem e das quais nos importamos. Isso nos faz "relembrar" o que vivemos. E o ego então, vive para sempre, dessa forma. Podemos não apenas evocar sensações que tivemos, mas através delas, memórias inteiras de uma existência, e assim, viver de novo uma vida já vivida, tantas e tantas vezes quanto desejarmos.
Essa explicação preliminar é necessária, para que acompanhem a jornada deste ego através das existências que ele teve, depois dessa, em seus termos.
Primeiro, e creio que os que leem estes textos já entendem, é que é necessário perceber que todas as existências são simultâneas. Com a ausência do tempo, tudo acontece no mesmo momento. Da nossa perspectiva, observamos e experimentamos todas as nossas possibilidades. Não apenas desfrutamos de todas as existências, mas também, de todas as possibilidades abertas numa mesma existência.
Jeff é a nossa "estratégia" de vivenciar com mais "atenção", por assim dizer, esta vida em particular. Ele colhe as impressões necessárias, e um dia, alguém irá colher para ele. Neste "jogo" interessante, fingimos ser ele num tempo e espaço, e ele finge ter nos esquecido, para criar com mais atenção a sua experiência única e particular, e isso serve para todos os seres viventes em seu mundo. Cada um de vocês jogam esse mesmo jogo, com suas variações pessoais, é claro.
Este ego particular escolhe o fim de sua experiência por volta de uma idade não tão avançada. Ele já tinha repensando sua escolha antes, já que era para ter partido cedo, conforme informação já colocada em outro texto. Ele pode refazê-la se quiser, pois nada é determinado. Mas para que entendam um pouco, vamos fazer como vocês fazem, e nos fixar numa data determinada, e a partir daí, seguir linearmente os eventos.
Ele parte, em seus termos, em algum dia por volta de abril. Logo irá se dar conta que virou a sua atenção para outra forma de manifestação da realidade. Embora ele já conheça bastante dessa situação, o encanto natural irá tomá-lo. Com sua nova consciência expandida, ele irá, não apenas lembrar-se de todos os mínimos episódios de sua vida, como irá correndo "vivê-los de novo", aqueles que julgou melhores. Nesta ação, ele irá perceber que o que o atraiu a fazer isso, não foi as memórias em si, mas as sensações que teve a partir delas. Isso é necessário para a consciência entender que ela não é as suas memórias, mas sim, suas sensações. Este simples conhecimento irá despertar nele um profundo sentimento de liberdade e eternidade, e de que nada morre, apenas muda de percepção e frequência.
E é aí, neste "continum momentum" que ele será assaltado com uma vívida e irresistível impressão de "dejavu", como vocês chamam. Uma impressão avassaladora de que já vivera aquele momento antes, e que mais, já vivera tudo que se haveria de se viver... Ele só sentirá isso porque sua consciência foi mais expandida, e ele desejou interiormente essa "libertação". Muitos egos ainda seguirão um caminho mais linear, e mais identificado com quem foram em sua última existência, porque assim se sentirão mais confortáveis. Cada experiência é única e pessoal, como tudo na vida.
Então, Jeff segue as suas sensações até a Grécia antiga, quando toma de volta as memórias de ter sido Phillipa. Também volta à ilha que hoje é a Irlanda, e descobre que viveu entre as tribos celtas como um homem chamado, Theros, e toma de volta aquelas amadas memórias, e entende, de uma vez por todas, porque sempre amou a chuva, o frio e a natureza, enquanto vivera com o ego atual. Evita pensar em determinados períodos da consciência humana que não aprovara, como os tempos de conflitos e guerras, e de carências de recursos, como a água, e assim, evita "existir" nestas experiências. Pois aprende que as suas inclinações e desejos, podem, muito facilmente, o impelir a experimentar determinadas experiências. Como quando morrera numa queda de dirigível, apenas por que um dia em sua vida atual, pensou quão interessante seria ver aquilo em primeira pessoa. Bem, mas todas as experiências são válidas, e você só guarda contigo aquilo que te encanta. Embora um dia, se pegue descobrindo que todas as coisas são encantadoras, das menores às maiores, e que isso é a verdadeira natureza da palavra iluminação.
Jeff vive de novo a sua vida, e todas as probabilidades que ela oferecia a ele, e que tinham a ver com a inclinação de sua personalidade, e tudo isso num intervalo de tempo do escorrer de uma gota de chuva na folha de uma árvore.
Fomos, juntos, famílias inteiras no deserto, e o sal seco em nossa boca, nos fez mais tarde amar e valorizar a água. Por isso, com aqueles que amamos, fomos viver longas eras num lindo planeta aquático, muitas e muitas vezes maior do que a Terra, e cujas águas límpidas e paisagens não tem paralelo neste mundo. Isto imprimiu em sua personalidade um gosto pessoal pela fluidez da água, pela cor e sensação que ela traduz, e em muitos dos seus quadros e obras é facilmente visível a sua preferência por ela. E é este tipo de conhecimento "intuitivo" que vocês chamam de inconsciente.
Fomos também prisioneiros, e aprendemos a valorizar a vida, e a conhecer a crueldade humana. Pois a sentimos na pele e na alma, e isso nos tornou melhores em outras ocasiões. Fomos pais, filhos, irmãos e irmãs, uns dos outros, tantas vezes quanto necessário, e isso reforçou os laços que nos mantém. E é por esse laço, por essa ligação autêntica entre nós, e por esse amor genuíno por todas as formas de consciência e experiências, que o mundo físico não tomou para si todas as atenções de Jeff, e ele pode nos ver e ouvir, e por isso mesmo, produzir nossas mensagens.
Morremos no lugar dos que amamos, mais de uma vez, porque sentimos o amor deles pela vida física, e algo dentro de nós nos impelia a nos colocar no lugar deles, se isso os fizessem felizes e fosse proveitoso a eles.
Jeff também observou o futuro, e as suas várias possibilidades dentro da vontade da humanidade, e chorou e sorriu com as vitórias e infortúnios da raça, e mais chorou do que sorriu... embora, isso seja próprio da evolução, e necessidades de seu sistema.
Cada nova memória e sensação dele, tanto "novas" quanto relacionadas com as suas "vidas anteriores", proporcionou o que vocês aí chamam de reencarnações, o que nada mais é do que virar de novo a atenção para a vida tridimensional, do ponto de vista de quem vive entre as dimensões.
E tudo isso aconteceu e tem acontecido, neste intervalo de tempo que você gastou para ler este pequeno texto. Você mesmo morreu e viveu mais tempo do que pode contar, e teve mais experiências do que pode compreender, agora, e que um dia irá compreender melhor, quando estiver pronto. Assim como compreende hoje, conceitos que seriam inimagináveis para vocês ontem, quando as suas consciências apenas sonhavam, na maravilhosa função de criar o que você hoje chama de seu mundo, de seu planeta, de sua realidade...