O massacre das formigas

A manhã corria de sol já alto e forte. A areia quente e fina era levada pelo vento e chegava às raízes das plantas do Cerrado. Era nesse lugar que havia um formigueiro: bem na raiz de um cajueiro.

A mulher chegou com uma caixa numa das mãos e uma pá na outra. Colocou o conteúdo da caixa no chão, espalhando cuidadosamente na terra o pó rosa e, verificando, se todas as partes do formigueiro eram cobertas por ele.

Diariamente, a cena se repetia em alguma das plantas quando a mulher ia aguá-las. Ela sorriu, soltou alguma palavra de vitória e ficou olhando as formigas se alvoroçarem e caírem na entrada do formigueiro. Algumas delas ainda tentaram escapar, mas a mulher revirava a terra com a pá arrastando-as para o local com o veneno.

As formigas, rapidamente, foram se aquietando e o chão se tingiu do rosa do pó e do vermelho dos corpos das formigas. Foi um massacre em massa. Estavam todas mortas.

A mulher então caminhou para casa e guardou a caixa de veneno e a pá.

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 14/10/2020
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