Imagem da Internet. Minha a Montagem.

O ENCONTRO
Observando


 
 Final de tarde, o sol não demorava desaparecer e perder seus últimos raios de luz refletidos nas águas escuras do pequeno lago. Sentado como sempre e observando a natureza causar o espetáculo de todos os fins de tarde. Este dia tinha um algo a mais, ele não admirava o dia se despedi e dar lugar a noite.

 Ali sentado em uma pedra de frente para o lago ele pensava em tudo, no sucesso da profissão, nas conquistas alcançadas, pensava na viagem marcada para Londres, mais o motivo de está ali tinha uma outra questão da qual ele não falava muito, preferia evitar a dor de simplesmente pensar.

 Tão envolvido em seus próprios pensamentos e não percebeu que aquele inicio de noite lhe trazia um elemento da natureza. Já era inverno na cidade que ficava perto de um vulcão adormecido e que trazia algumas lendas, uma delas é que a cada cinquenta anos sempre no inicio do inverno, o vulcão acordava e causava uma devastação por onde suas lavas passassem. Talvez fosse só lendas mesmo.

 Tão rápida e silenciosa sem dar o menor aviso de sua chegada, o homem que estava envolvido com a beleza do lugar e no mundo de seus próprios pensamentos, foi despertado com os primeiros pingos da chuva, ainda timidamente mais o suficiente para que ele se movimentasse provavelmente para sua casa.

 Percebeu que a chuva estava se intensificando cada vez mais, o vento também ficava mais forte. Quando ele chega na rua, via as pessoas correr para encontrar abrigo e se proteger da chuva, umas iam para barraquinhas de lanche no canteiro central da rua, um projeto da prefeitura que agradou a população.

 Desde que saiu do lago ele vinha caminhando tranquilamente, parecia não se da conta do alvoroço das pessoas e nem que a chuva estava mais forte, ele andava brincando com a chuva, chutando as pequenas poças de águas acumuladas no asfalto da rua. A pouca luz dos postes deixava a cena um surreal da realidade do momento para ele, nem mesmo o que ele veria ao chegar na avenida principal da pequena e pacata cidade.

 Parado perto de um carro que foi arrastado pela força da água, pareceu que ele se deu conta da gravidade causada pela chuva e pelo vento, apenas pareceu. Pequenos objetos sendo arrastados, as motos que estavam estacionadas, todas caídas no chão e meio a tudo isso ele continua andando como se nada estivesse acontecendo.

 Continuo sua viagem ignorando tudo que estava acontecendo, colocava as mãos em forma de concha até que fosse cheia da água chuva e jogava para cima, fazia giros, pulava no ar, dava pequenas corridas, deitava no asfalto molhado como se fosse o homem Vitruviano, claro, sem os braços e pernas extras como vemos nos desenhos que retrata a obra desenhada por Da Vince do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio, o Vitruvio.

 Em uma rua a direita de onde ele estava deitado e da avenida principal não muito distante havia uma praça, e como era de se esperar em meio a tormenta de coisas acontecendo, ele simplesmente levanta e segui para a praça despreocupadamente.

 

Continua em:
O Encontro. Episódio dois.
A Sales
Enviado por A Sales em 29/05/2021
Reeditado em 11/06/2021
Código do texto: T7267013
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