Cantina e corredor como cães e gatos
Bárbara caminha apressada a frente da amiga pelo corredor, a cara amarrada, finge não ouvir os gritos de Thayná.
-Não é isso que está pensando.
-Não é Thay, não é mesmo, eu vi.
-Amiga pára, meu salto está me matando, deixa eu te explicar, B.
-Não me chama assim sua traíra.
Bárbara segue pro banheiro e fecha a porta.
Batidas fortes e o toque do celular.
-Oi?!
-Não, ela se trancou no banheiro, melhor não, depois, tá, até mais.
Bárbara lava o rosto, ela está vermelha de ódio, tudo que tinha visto, Thay mentira pra ela, por quê? Por causa daquele nojento do Lian.
-Amiga abre a porta por favor, eu quero conversar contigo.
-E falar o quê Thay? Que me trocou por causa de macho? Que prefere o Lian a nossa amizade? Eu te avisei que ele não prestava, você sabe que tenho nojo da cara dele, agora você deixa ele nos separar.
-Não é ele quem está nos separando, é essa porta fechada entre nós, abre, ouve o que tenho a dizer.
Bárbara atende o pedido da amiga.
-Porquê você me disse que ia embora mais cedo que estava passando mal, mas preferiu ficar com Lian na cantina? Por quê mentiu?
-Eu sei que vocês se odeiam, apesar de não saber o motivo, eu não queria te magoar.
-Com tanto homem no mundo tinha que ser o nojento?
-Amiga, aconteceu, ele não é assim como você imagina, permita conhecer. Vamos sair nós três e vai ver que ele é legal.
-Amiga ele olha pra todo mundo com cara de nojo, ele se acha. Ele é de humanas, cara, a gente faz engenharia e você colada com um cara que pode vender miçangas na praia, que decadência.
Thayná não segura a risada e Bárbara perde a postura de má, rindo junto.
-Só você mesma pra falar algo assim.
-Ta mas agora que a raiva passou me conta, ao menos beija bem o chato?
Thay suspira colocando a mão ao peito.
-Beija e como beija, quase que fomos expulsos da cantina por assédio.
-Que pouca vergonha é essa Thay?
-Ah, amiga, quando vi a mão tava aqui, ali, lá e..
Bárbara dá um tapa no braço da amiga.
-Se orienta mulher, não quero ser tia não.
Thay se benze e bate três vezes na pia.
As duas riem e saem de braços dados caminhando porta afora.
By Lilyth Luthor