O BEIJO DE DARLENE

   Eu tinha ido visitar uma amiga em um condomínio nos arredores da cidade, estava acompanhado da esposa e nos demoramos cerca de umas três horas para pormos os assuntos em dia, afinal fazia um bom tempo que não nos víamos pessoalmente, só conversávamos através das redes sociais. Nossa amiga era Sônia, nos conhecíamos desde a juventude, era separada e tinha uma filha que morava com ela, uma moça muito bonita de nome Darlene. Nos foi servido uma garrafa de vinho muito delicioso com petiscos, o que tornou a tarde muito agradável. Darlene foi quem se encarregou de nos servir, colocou os petiscos sobre uma mesinha e foi até a geladeira onde pegou o vinho. Encheu as nossas taças com um sorriso bem visível, o interessante é que ao encher a minha taça ela primeiro provou e disse que estava super gelado. Sorri e agradeci e o fato passou praticamente despercebido pelos presentes.

Depois de uma boa prosa nos despedimos com abraços afetuosos e a promessa de uma nova oportunidade para um novo papo, segundo Sônia sem que passássemos muito tempo sem visitá-la, afinal era uma mulher sozinha e sentia saudades das pessoas que gostava, o que prometemos e iremos cumprir, pois trata-se de uma amizade antiga, éramos solteiros na época em que fomos vizinhos. Ao sairmos minha esposa se adiantou para ir até o carro onde colocaria uma pequena lembrança que ganhou da amiga, já esta entrou no apartamento para atender o celular que tocava. Darlene ficou na porta e me fez um sinal com a mão me chamando até ela, no que atendi prontamente. Para minha surpresa ela aproximou seu rosto junto ao meu e encostou seus lábios aos meus, foi um beijo que mais parecia um selinho, mas deu para sentir o ardor desse seu desejo estranho. Um detalhe: Darlene tem a metade da minha idade e nunca tivemos algo que pudesse caracterizar alguma espécie de simpatia nesse sentido.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 05/09/2021
Reeditado em 05/09/2021
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