O assassinato da família Hosomi
O medo tomava conta de Daniele.
Seu pai havia se afastado de seu “emprego”.
Toda sua família estava correndo risco de vida, ele fugia da máfia, para quem estava trabalhando há 9 anos.
Os pais de Daniele lhe compraram um cachorro que foi ensinado a dormir debaixo da cama dela, pois toda vez que ela sentisse medo, Daniele colocaria sua mão debaixo da cama para o cachorro lamber sua mão como sinal de segurança.
Era sexta-feira treze, a lua cheia pairava no céu.
Daniele acordou assustada com um barulho.
Colocou a mão debaixo da cama, o cachorro a lambeu.
Ela foi até a cozinha pegar um copo de água.
Olhou para o chão, horrorizada: o seu cachorro estava morto, esfaqueado e atirado ali.
Olhou para a porta da cozinha que levava até a dispensa, onde encontrou sua mãe e seu pai enforcados.
Ela foi correndo até o banheiro chorando. Era a única que havia restado de toda a sua família.
Ela pegou a arma que estava na gaveta do banheiro. Já havia visto seu pai utiliza-la milhares de vezes, então talvez soubesse como usá-la. Segurou-a com firmeza.
Outro barulho.
Levantou a cabeça e olhou diretamente para o espelho, um homem com uma faca ensangüentada na mão direita olhava para ela com desprezo.
Seria esse seu fim?