ESTRANHO JOGO DE AMOR

   Caía uma chuva fina e intermitente quando Lenira chegou, assustou-se ao ver Diogo na sala, de pé, como se a esperasse. O relógio de parede ali existente mostrava a hora, faltava cinco minutos para meia noite. Ele passou a mão na vasta cabeleira ainda com pingos de chuva e mandou-a tomar um banho, cabeça baixa Lenira obedeceu sob o olhar preocupado de d. Carmem, sua mãe, que vestia uma camisola coberta por um roupão. Ele acompanhou seus passos lentos a caminho do banheiro com um olhar sutil para seu corpo sedutor, como desejava aquelas curvas sensuais, como imaginava passear com as mãos sobre elas, como era prazeiroso apalpar aquele trazeiro fungando seu pescoço e ouvindo seu gemido tal gata no cio. Sentia-se maravilhado ao saber que esses momentos estavam prestes a acontecer. D. Carmem com discreto sorriso apenas virou o rosto para que seu genro não percebesse. Ela sabia que ele, no auge dos seus quase quarenta anos, sentia-se um garanhão de primeira linha, um homem com todo vigor sexual. Disso ela tinha absoluta certeza.

   Desde que ficara viúva, há pouco mais de seis meses, d. Carmem dedicara-se a curtir as noites dos finais de semanas junto com amigas em barzinhos da cidade, aos sessenta anos se achava ainda uma mulher atraente e cheia de libido, não estava pronta para "aposentar" seu corpo sensual, tão apreciado pelo marido que agora se encontra em outro plano físico. Foi numa dessas ocasiões que conheceu Diogo e por ele sentiu uma grande atração, queria continuar aproveitando a vida agora como uma mulher livre e sem compromisso sério. Conheceu os diversos motéis da cidade e não tinha um final de semana que não estivesse com ele, a não ser quando Diogo precisasse viajar a serviço. Ele foi convidado por ela para conhecer sua residência e ele foi. D. Carmem morava com uma filha, Lenira era uma linda moça com seus dezoito anos. Assim que ele adentrou a casa seu olhar se encontrou com o dela. Um sorriso maroto e um "oi" meio acanhado. Diogo estava ali para dormir com sua mãe, era sua primeira visita ali como namorado da mãe dela. Ele percebeu o jeito sutil e provocante de Lenira.

   Na manhã seguinte, depois do café, ele se foi depois de um olhar curioso para a moça. Sentiu uma espécie de atração por ela, não conseguiu se controlar. Nessa noite ele voltou, iria dormir novamente com d. Carmem, sua amante insaciável. Jantaram os três juntos e em seguida uma boa conversa na varanda até o sono chegar. Algumas doses de vinho para relaxar. Enfim o sono chegou e ele e d. Carmem se recolheram ao quarto. Um olhar delicado para Lenira foi inevitável. Lá pelas tantas Diogo deixou o quarto rumo ao banheiro, Lenira deixara propositadamente a porta do seu quarto semi aberta, dava para ver todo o movimento da sala. Estava acordada e viu quando ele passou e olhou discretamente. Estava apenas de calcinha, quando Diogo voltou do banheiro e parou diante da porta, deu para perceber Lenira sobre a cama. Ela acariciava suas partes íntimas e suspirava sentindo um imenso prazer. O homem não se conteve e abriu a porta do quarto. Ela apenas sorriu e isso foi o suficiente para ele deitar junto dela já louco de tesão. Aquele corpo sedutor estava lhe convidando para penetrá-lo e ele não perdeu tempo, fechou a porta e subiu nela, a penetração foi imediata e o gozo muito rapidamente se concretizou. Após o coito ele retornou para junto da mãe dela como se nada tivesse acontecido sem antes passar no banheiro para a higiene. Na manhã seguinte serviram-se juntos do café e em seguida Diogo foi embora, antes abraçando Lenira para surpresa de d. Carmem.

   Os dias se passaram e d. Carmem ficou sabendo do interesse de Diogo por sua filha, a princípio ficou chateada, mas depois entendeu que seria um bom partido para Lenira. O romance entre ele e sua filha já era uma realidade, se desculpou com d. Carmem e confessou estar apaixonado por Lenira. Bem séria ela nada comentou, aceitou o namoro dele com Lenira e já o considerava um genro exemplar totalmente apaixonado. Ele passou a residir ali com a nova namorada, eles formavam um casal perfeito, porém em suas freqüentes viagens Lenira gostava de sair para se divertir com amigas, o mesmo que a mãe fazia e continuou fazendo. Sendo um tipo de mulher que se excitava com muita facilidade, Lenira não se conformava em apenas se excitar sozinha, conheceu um "boyzinho" nas redondezas e às escondidas ia se encontrar com ele.

Lá no começo deste texto vocês perceberam que quando Lenira chegou já quase meia noite encontrou seu companheiro que havia chegado de uma de suas viagens. Diogo já desconfiava da situação pela qual passava, mas não ligava, tinha a sogra como "quebra galho", sua ex-companheira que continuou sendo sua mulher. Nessa noite não foi diferente, ao chegar e não encontrar Lenira foi até o quarto de d. Carmem e a possuiu com muita volúpia. Tomou seu banho e aguardou Lenira. Depois que ela chegou e também tomou seu banho a noite de sexo agora foi com ela. E assim termina uma história de um amor volúvel.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 07/05/2022
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