COLETÂNEA DE MINI CONTOS (3)

CASTELOS DE AREIA

   A menina já crescidinha brincava na areia da praia, ao seu lado outra também brincava, faziam castelos de areia. Cada um mais bem construído que o outro. As duas se entreolharam. Uma chamava-se Nana, a outra Cristina. Nana falou alto: "o meu é mais bonito". Cristina retrucou: "nada disso, o meu é que é mais bonito". Nana fez biquinho, Cristina então zangou-se e foi em direção ao castelo da concorrente destruindo-o. Nana não deixou por menos, destruiu também o castelo de Cristina. Mas depois fizeram as pazes e construíram, juntas, um novo castelo que ficou lindo.

ARENGUEIRAS

   Lumah e Juli andaram trocando farpas por causa de uma antiga boneca de pano que pertencia a essa última. É que Lumah pediu a sua mãe para ir brincar na casa da amiguinha e chegando lá se engraçou da boneca de Juli, resultado: não largava a boneca, era o tempo todo agarrada com ela, o que despertou um "ciúme" na amiga. Vira e mexe as duas entraram em confronto e foram aos puxões de cabelo. O fato chegou ao conhecimento das mamães que presenciaram a briga e separaram ambas. Lumah foi prá casa chorando, mas depois se acalmou. Mais tarde pediu a mãe para ir se desculpar de Juli dizendo que gostava muito dela. A genitora permitiu, mas se arrependeu, as meninas voltatam a brigar, pois Juli reclamou que o vestidinho de sua boneca havia sido rasgado. Conversa vai, conversa vem, as duas mamães ao apartarem a briga prometeram que o vestidinho da boneca seria costurado, mas as duas meninas ficaram de cara feia.

A MENINA LIA

   Ela nasceu e teve sua vida preenchida com momentos de alegrias e tristezas em dias tevoltos ou de monotonia e cresceu sem muita festa, teve sonhos como toda menina, uns concretizados, outros não, o que é natural, pois aprendeu logo cedo que a vida se faz de sim e de não.

Essa menina amadureceu e nem precisou fazer alarde, vivenciou amores e dissabores e descobriu o amor já tarde. Essa menina tem um nome, chama-se Lia, sua vida foi envolvida com breves espasmos de uma doce e inebriante loucura criando laços frágeis que lhe fizeram sonhar e idealizar, o que lhe causou algumas desventuras. Sua vida foi vivenciada com o aqui e o agora sem nunca desmetecer um passado que ainda permanece vivo em sua memória. Sua vida tem uma mensagem de amor e dor e que ela consegue mudar a paisagem e encontrar a sua cor. O tempo passou e essa menina continua dentro dela com um novo corpo ainda sensível ao passado.

 

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 25/10/2022
Reeditado em 25/10/2022
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