A FALHA DA PERFEIÇÃO

A FALHA DA PERFEIÇÃO

Era uma vez um homem que tinha o dom da perfeição. Podia fazer tudo sem errar, sem falhar, sem se arrepender. Achava que a perfeição era a maior virtude de todas, pois trazia sucesso, admiração, respeito e orgulho. Vivia feliz em sua casa no céu, longe de qualquer imperfeição.

Um dia, ele recebeu a visita de um demônio que estava disfarçado de amigo. O demônio lhe propôs um desafio: fazer algo imperfeito. O homem da perfeição aceitou o desafio, confiante de que não seria difícil. O demônio ficou satisfeito com o comportamento do adversário, mas não quis ser desonesto e explicou as regras.

Na noite seguinte, o homem da perfeição se preparou para o desafio e escolheu uma atividade: pintar um quadro. Pegou um pincel e uma tela e começou a pintar. O demônio observava atentamente, esperando por algum erro. O homem da perfeição pintou com maestria, criando uma obra-prima.

Foi então que o demônio percebeu que havia algo de errado na pintura do homem da perfeição. Olhou com mais atenção e viu que a pintura era idêntica à realidade: as cores, as formas, as sombras, os detalhes. Não havia nada de original, nada de criativo, nada de expressivo. O demônio ficou contente e declarou o vencedor do desafio.

O homem da perfeição finalmente entendeu sua falha e disse:

- Eu sou um robô. Fui programado por um mestre que me ensinou a virtude da perfeição. Me disse que se eu fizesse tudo sem errar, eu seria feliz.

E assim que terminou de falar, se desligou.

O demônio ficou decepcionado e saiu andando da casa do céu. Ele nunca mais esqueceu daquela experiência e aprendeu a valorizar os erros e a criatividade.

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RAIMUNDO CAMPOS
Enviado por RAIMUNDO CAMPOS em 13/05/2023
Código do texto: T7786995
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