MINHA SEREIA

Estava eu sentado a beira mar,a espairecer à sombra de um coqueiral,e as ondas indo e vindo em um bale de encontro às pedras.Enquanto as gaivotas oferecia os seus espetáculos em voos rasantes, da mesma forma, me levavam a sonhos imagináveis e rasantes.

De repente por dentre as pedras ,tal qual as miragens,surge a figura esplendorosa e inenarrável daquela fêmea.

Flutuando sobre as areias alvejadas,foi chegando de mansinho como uma brisa que leva o polem a aconchegar a uma rosa.

Foi se aproximando,e seu olhos se misturavam ao esverdear das águas,ora de um azul celestial quanto mais se aproximava.

Eu, estático em êxtase,a assistir o grande espetáculo solo da natureza mãe terra.

Seus cabelos lisos e sedosos me ofuscavam com o brilho do sol.Desciam cascateando pelos seus ombros semi-nus,escorregando sobres as suas costas de um bronzeado avassalador.Era a perfeição da natureza a qual Deus criou.

Seus longos braços terminavam em mãos finas e delicadas e macias como a neve que repousa sobre o solo.

Lábios delicados,porem carnudos os quais destacavam em seu morenado facial.

Seu corpo em curvas sinuantes,não haveriam retas que aquebrantaria aquele corpo harmonioso em seu conjunto de obras.

Pernas alongadas ate os pés um pouco sinuosos,porem torneadas pela divina natureza.

Não andava,simplesmente flutuava como bolhas de sabão em uma passarela a qual a natureza acabara de criar entre folhas e flores. Seu sorriso inundou toda orla.

Seu canto chegara ate a mim, em dueto com a brisa ao passar por entre as pedras e rochedos em um sonoro cochichar.

Ergui-me,lacei meus braços à sua delineada e delgada cintura,meu corpo e lábios em labaredas, tocaram-na suavemente como lavas incandescente, fazendo assim, com que eu me emergissem de minhas letargias.

Estávamos a sós,o sol já se escondera no horizonte atras das águas douradas.As gaivotas se acasalaram em seu ninhos,e eu voltei às minhas insignificâncias quando ela deslizava sobre as areias, já um tanto quanto escuras, o seu corpo escultural de Sereia a deslizar sobres as águas calmas que refletia sobre o luar a minha grande tristeza, já prevista da solidão.