Ficar ?

B vivia uma dualidade emocional intensa. Ela amava profundamente alguém, mas esse amor não se traduzia em um relacionamento sério. Em vez disso, era um constante "ficar", uma dança intricada entre proximidade e distância. Para B, esse arranjo era um turbilhão de emoções contraditórias.

Ela se encontrava perdida em um mar de sentimentos confusos, navegando entre momentos de êxtase e de desespero. Nos momentos de proximidade, tudo parecia perfeito. Cada toque, cada olhar, cada riso compartilhado era uma chama ardente que iluminava sua alma. Ela se sentia completa, como se nada mais importasse no mundo além da presença daquela pessoa.

No entanto, quando a realidade fria da distância se impunha, B se via afundando em um abismo de incerteza e insegurança. Ela se perguntava se aqueles momentos fugazes de felicidade eram reais ou apenas ilusões temporárias. O "ficar" deixava-a vulnerável, sem garantias do futuro e com medo de investir mais profundamente em algo que poderia nunca se concretizar.

Apesar das dúvidas e dores, B continuava a se entregar a esse amor. Ela se via presa em uma teia de esperança, alimentando a crença de que, um dia, as coisas mudariam. Ela se agarrava a cada pequeno gesto de carinho, cada palavra gentil, como se fossem botes salva-vidas em meio ao oceano de incertezas.

No fundo, B sabia que precisava confrontar seus próprios sentimentos e tomar uma decisão. Ela ansiava por clareza, por uma definição do que realmente significava esse "ficar". Mas, ao mesmo tempo, temia o desfecho que poderia trazer. O medo da rejeição, da solidão, a impedia de dar o próximo passo, mantendo-a em um ciclo interminável de espera e angústia.

Assim, B continuava sua jornada emocional, navegando entre as águas turbulentas do amor não correspondido. Ela se via presa entre o desejo de se libertar e a âncora do amor que a mantinha amarrada àquela pessoa. Enquanto isso, o "ficar" persistia, uma dança interminável de emoções, deixando-a perdida em um labirinto de sentimentos confusos.