A ESTRELA CONTENTE

Quando Deus criou o universo, Ele pensou numa grande família: Planetas, sol, luas, asteróides, cometas, humanos, animais, plantas... E estrelas. Diferentes formas de vida unidas por um só elo: O amor. É a estória de um membro dessa família que vou lhes contar.

Era uma vez... Numa constelação a milhões de anos-luz, uma estrela muito, muito velha. Afinal, quando uma estrela fica velha é porque ela já brilhou milhares de anos. Estela, como ela gostava de ser chamada, naquela noite estava melancólica. Sabia que seu brilho estava acabando. Na Terra já não podia mais ser vista a olho nu.

Enquanto se entregava as lembranças de sua juventude, não notou que dela aproximou-se uma jovem estrelinha. Esta ficou observando Estela, encantada com sua majestosa beleza.

_ Que brilho magnífico você tem criança! Qual o seu nome? Perguntou Estela desperta de suas lembranças pela intensa luz da estrelinha.

_ Me chamo Dalva, e você?

_ Meu nome é Estela. Nunca havia lhe visto por aqui. De onde você veio?

_ Venho de uma longa viagem no espaço-tempo. Disseram-me que nasci para brilhar intensamente no céu e servir de guia aos viajantes. Por isso, estou aqui. Também me disseram que encontraria você, que me contaria como é ser uma estrela.

_ Ah! Minha doce Dalva, a vida de uma estrela não é feita só de brilho e magia. Passamos momentos difíceis. Temos que superar as mudanças da natureza. Nem sempre o céu é estrelado.

Porém, Dalva nos rubores que a juventude livremente expressa, só queria mostrar sei sorriso brilhante. Sim, sorriso! Pois fiquem sabendo que quando olhamos para o céu e uma estrela começa a piscar, é porque ela está nos sorrindo.

Mas, Estela do alto de sua experiência, sentia a alegria dessa juventude e apesar de saber os caminhos por onde passam uma estrela, também sabia que cada uma tem que vivê-los por si só. Mesmo assim, resolveu contar um pouco da sua vida:

_Dalva, quando eu tinha a sua idade, também fui escolhida para brilhar muito no céu e servir de guia para três reis que precisavam encontrar uma criança, que nasceria para ser o maior de todos os reis. Eu me saí muito bem nessa importante missão, ainda me orgulho de ter dado o melhor brilho de mim.

Muitos astrônomos, astrólogos, místicos e cientistas, com seus estudos e saberes, durante vários séculos me observaram, fizeram mapas e isso fazia com que eu me sentisse útil. Porém, hoje estou perdendo meu brilho e nem do mais potente observatório do planeta Terra posso ser vista. Logo, logo vou me tornar poeira cósmica e quando estiver me desfazendo, vou riscar o céu. Lá da Terra as pessoas vão apontar para mim e fazer um pedido e vou ser chamada de estrela cadente.

Dalva tudo escutava e “sorrindo” falou:

-Estela minha rainha, ouvindo a estória de sua vida aprendi que cada momento que vivemos, é único e, portanto deve ser vivido intensamente. Mesmo que ele não nos pareça bom diante do que desejamos, tem um aprendizado a nos deixar. Por isso, mesmo quando for uma estrela cadente, serei uma estrela contente.

IAKISSODARA CAPIBARIBE.