Dias de nada

J estava tendo um dia ruim. Daqueles em que se levanta super tarde, achando que ainda tem tempo de dormir mais, de tão cansada.

Levantou por necessidade, pensando nas coisas que precisava fazer. Mesmo que, se questionando, não gostaria.

Depois de inumeras tentativas frustradas, resolveu dar um tempo.

Foi um pouco menos estressante. Não muito produtivo, e nada solucionador.

Tentou mais um pouco, resolveu que não valia a pena. Mas infelizmente, não teve uma grande epifania. Também não saiu para se divertir ou espairecer.

Não se sentia bem, e perdera a vontade de fazer as coisas.

Queria sair dali, mais espiritual do que fisicamente. Não era o lugar, só o sentimento.

Engraçado (ou nem um pouco), como depois de dias de glória e dias de fúria, chegam dias de derrota de cada um para consigo próprio.

J já não sentia nada. De tanto se incomodar, anestesiou-se. Parou de pensar e não conseguia fazer nada.