A MADRASTA - CAPÍTULO IV

A MADRASTA – CAPÍTULO IV

Na segunda-feira, ao chegar na empresa, Cristina percebeu alguns olhares, mas de nada desconfiou. Como sempre fazia, cumprimentou a todos, sentou-se para dar início a mais um dia de trabalho. Seu telefone tocou, era Samir ligando para desejar-lhe um bom dia de trabalho e de vendas. Nisso, Adelaide chegou e fez um gesto com a cabeça, um sinal para Cristina ir até o banheiro.

Ao entrar Adê já estava lá.

- Amiga, disse ela, se prepare: todo mundo já está sabendo que você e o Samir estão namorando!

Cristina ficou indignada, mas já sabia de onde tinha partido a informação: da “Dona Dina” que não sabia ficar de boca fechada. Pensou: melhor assim, não devo nada para ninguém...

Parecia que todos não tiravam os olhos dela. O que pensavam? Era maior de idade, dona da sua vida e podia namorar com quem bem entendesse.

Naquela mesma tarde, Samuel ganhou uma passagem para Orlando, iria à Disney. Embarcaria no dia 26 de dezembro juntamente com as filhas. Perguntou à Cristina se ela tinha passaporte, ela não tinha...

Prometeu-lhe ligar todos os dias e cumpriu sua promessa.

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A distância serviu para que ambos tivessem certeza do que queriam.

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Samir e as filhas retornaram no dia 05 de janeiro, o ano era 1998 e ele não via a hora de rever Cristina. Nos dias em que ficou longe, ligou quase todos os dias. Tinha trazido uma porção de coisas para ela, estava ansioso para entregar e só pensava: Meu Deus, como posso estar assim, tão apaixonado?

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Cristina não tirava Samir da cabeça mas estava preocupada. Na próxima semana, iria conhecer as filhas dele. Tinha medo de que elas não gostassem dela ou que pudessem atrapalhar o namoro. Pensava em como deveria agir e seu coração parecia que saltaria pela boca.

As filhas de Samir faziam aniversário no mesmo mês, mais precisamente com uma diferença de três dias uma da outra e ele faria uma festa só, na qual comemoraria os dois aniversários: 15 anos de Ana Maria e 12 anos de Danila.

Ela não queria ir, afinal até os parentes dele de Campinas estariam lá. Algumas pessoas da Igreja que ele freqüentava também. O que fazer?

Na manhã da festa estava decidida a não ir. Não se preocupou com unha, cabelo, nada. Quando foi por volta das 14horas, Samir ligou e ela entendeu que não poderia decepcioná-lo. Iria à festa e seria o que Deus quisesse.

Tudo correu bem, algumas pessoas que ela conhecia também foram convidadas e então Cristina não sentiu-se sozinha. É claro que percebia os olhares esquivos e fingia não ver. Estava ali dando o primeiro passo para que as coisas fluíssem, teria que passar por aquilo, não tinha outro jeito. Até foto ela tirou com as meninas...

Aguarde o próximo capítulo

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Chris Donizete
Enviado por Chris Donizete em 05/02/2006
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