CAMA-DE-GATO

Toda programação é única tanto para os animais, quanto para os homens, fiz a minha, viajei de Campos dos Goytacazes no inverno de 2007 para o Rio de Janeiro, cheguei à rodoviária Novo Rio, informei-me onde ficar no Rio de Janeiro, no Catete tem bons hotéis, com preços ótimos, então eu fui, passeei pelas ruas do Catete fui almoçar na churrascaria Catete Grill, a comida uma delicia, comi peixe e degustei um bom vinho, varietal miolo, merlot, “pinot noir” tinto seco safra 2006.

Fui até o hotel, peguei meu óculos de sol, meu destino é à exposição de um gênio na casa França-Brasil, de Leonardo da Vinci, “full time” na exposição, segui até ao CCBB, uma exposição de fotógrafos internacionais que retratavam o Brasil, fui ao Rio Scenarium na Lapa, fiquei até as 00h15min, regado a água mineral.

Rumo a Curitiba, sai do hotel depois de tomar o café da manhã às 06h30min, fui em direção ao ponto de ônibus, caminhei até o ponto em frente à antiga TV Manchete, encontrei uma senhorita belissíma, ficamos a conversar sobre horários e ela me perguntou as horas, ela dizia que estava em cima do horário para entrar no serviço muito embora me dissesse que morava próximo ao serviço, sempre chegava antes do horário no trabalho, mas, naquele dia estava um pouco atrasada já que o ônibus demorava, acabou que meu ônibus com destino ao aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim, chegou primeiro do que o dela, como eu estava com pressa só deu tempo de dizer bom dia e tchau, fui pensando porque a gente não se despede com um abraço, já era tarde, eu pensei nisto dentro do ônibus da empresa Real, ficou para a próxima vez, e aquela mulher na memória a vida dos homens são assim.

Ás 11h30min estava prevista a decolagem do aeroporto Antônio Carlos Jobim rumo ao aeroporto Afonso Pena em Curitiba chegaria às 12h30min, tivemos um atraso, cheguei a Curitiba as 13h30min, um vôo tranqüilo, ao chegar a Curitiba lá estava uma personalidade a me esperar, nos abraçamos, beijamos, pegamos um ônibus fomos para o centro de Curitiba, de lá para o Hotel, tomamos um banho, fomos curtir a noite curitibana, chegamos com uma temperatura em torno de 28ºC, a noite fez 14º C, um frio gostoso, conhecemos a Rua vinte e quatro horas, shopping estação, compramos caldo de cana com limão sentamos no banco e conversamos um pouco sobre o prazer que é encontrar alguém.

Saboreamos um caldo de cana com limão, fomos até a rodoviária para comprar as passagens para São Francisco do Sul, visitar o Museu do Mar, tinha uma fila kilômétrica, tive uma sensação agradável -, como é bom está com uma pessoa já que eu sempre estou sozinho nas minhas viagens, fui ao banheiro e a namorada ficou na fila depois revezamos, que alívio já pensou ficar numa fila kilômétrica querendo ir ao banheiro, ao chegar no guichê para comprar as passagens, véspera de feriado de sete de setembro aconteceu o inesperado -, a atendente disse: para o dia sete de setembro não tem passagem, então compramos para o outro dia as 06h30min; compramos a passagem, ida e volta.

Aliviados fomos até o “shopping” estação lanchar, comemos talharim com molho de atum, uma delicia regado a chopp geladissímo, depois fomos para o hotel descansar já que no outro dia iríamos para São Francisco do Sul, acordamos com o horário apertado, quando estava tudo pronto para irmos para rodoviária deu-me uma vontade de ir ao pés, ficamos depois disto com um horário ainda mais apertado, descemos de elevador, caminhamos pelas ruas de Curitiba no sentido rodoviária, no caminho pegamos um táxi mesmo assim ao chegar na rodoviária não teve jeito o ônibus já havia seguido para São Francisco do Sul.

Chegamos atrasados uns cinco minutos não foi possível irmos naquele ônibus, fomos ao despachante explicamos a situação, ele disse o seguinte, vá até o guichê efetua a troca das passagens, pega esse ônibus que está seguindo para Joinvile assim fizemos, descemos na rodoviária de São Francisco do Sul. Entramos pela parte norte do Museu do mar, saímos pela parte sul, foi melhor assim já que a vista do arrebol da ilha de São Francisco do Sul é linda.

Agora de volta a Curitiba, fomos ao empório São Francisco ouvir música, descansamos um pouco para se preparar para o outro dia que foi de música, visita ao Largo da Ordem, almoço no Bar do Alemão com fotos, à tarde fomos ao teatro assistir a peça Parasitas, muito bem encenada, no outro dia já viria de volta para o Rio de Janeiro, depois para Campos dos Goytacazes.

Chegando a minha casa por volta das 07h00, tomei banho, tomei café, arrumei a Cama-de-gente, liguei o “disk-man”, estava com muito sono, ao me deitar ouvi algo que não conseguia distinguir se era os filhotes de cachorra com fome e amarrados, ou algo pouco audível, sinceramente não sei o que era aquele latido ou miado distante, já que estava morto de cansado, fui dormir pensando. Deixaram os cachorrinhos amarrados, com fome por isso estão latindo, cai no sono.

Acordei o latido tinha mudado para miado, sinceramente não sabia de onde estava vindo, só sei que o miado estava no entorno da cozinha, como na cozinha tem um armário de alvenaria que se transformou em estante, aonde coloco meus livros que tanto amo, fui procurar de onde estava vindo o miado dos cachorrinhos-gatinhos, peguei um cabo de vassoura comecei a bater por baixo dos degraus da escada, pensei esses gatinhos estão na escada pela parte interna já que a escada é fechada, por cima da laje a gata entrou e deu à luz aos gatinhos, o miado dos gatinhos aumentava, ouvi que não era na escada, meu ouvido sinalizava que eu estava próximo dos gatinhos, para surpresa minha, separei os livros e, por detrás dos livros como “Lordes”, estavam os gatinhos amamentando, os quatros gatinhos haviam nascido tão cultos que ao me aproximar pude vê que no local não havia nenhum mal cheiro produto dos seus excrementos, e os livros na horizontal, perpendicular a báscula da cozinha tinham-se transformados em Cama-de-gato.

MOISÉS CKLEIN.

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 21/05/2009
Código do texto: T1606546
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