Sobre o silêncio

Tenho a impressão extinguiram-se as palavras que costumávamos dizer ao outro. E o silêncio que já era insuportável, principalmente para você, fez-se violento e da nossa casa fez-se amo. Acho as palavras um erro na maioria das vezes. Talvez você não tenha entendido meu sorriso, não a culpo. Entretanto, sempre fui só e me acostumei a ser assim. Não é tão triste quanto parece. O certo é que ontem a noite li uma crônica do Rubem Braga e, desde então, tudo passou a ter sentido. Inclusive o silêncio.