Relation ship

Antes do pôr-do-sol eles se encontram e decidem tomar um café. O lugar escolhido é calmo e bucólico. Eles escolhem uma mesa perto da mata e - demoram um pouco, mas - fazem seus pedidos. Depois disso começam a conversar sobre qualquer coisa. Nada que mudaria a vida dos dois naquele momento.

Seus pedidos chegam e eles se calam parcialmente. Ela bebe o seu suco e ouve atentamente o que ele fala periodicamente. Como sempre, ela tem medo, prefere só ouvir, sente-se sempre superficial e desinteressante quando começa a falar.

Então as palavras dão lugar ao canto das cigarras e ao farfalhar das árvores.

Eles se separam algum tempo depois, mas ela não pára de perguntar-se o que teria feito errado desta vez, o que virá então a acontecer, no que deveria acreditar. Ela sente a necessidade de esperar algo mas não sabe o quê.

Ela ainda precisa apanhar um pouco mais para saber que não adianta tentar ser outra que não ela mesma. Mas ela continua amedrontada. Desarmada. Desamada.

Thais Gualberto
Enviado por Thais Gualberto em 11/07/2009
Reeditado em 12/07/2009
Código do texto: T1693472
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