UM JANTAR EM PARIS
UM JANTAR EM PARIS
Alfredo acordou bem cedo, fez sua higiene pessoal e, ao tomar o seu café, conversava com a esposa:
-Norma, hoje eu não vou voltar cedo. Vou jantar fora com alguns amigos.
-Jantar fora?
-Sim, confirmou, vou jantar em Paris.
-Ah! Sim, jantar em Paris! Certamente você está com essa idéia na cabeça há tempos, e só agora falou comigo?
-É, faz uns três dias que eu fui convidado, mas não tinha certeza de que iria aceitar o convite.
-Mas o passaporte leva algum tempo para se conseguir. Em todo o caso já que você está decidido, traga-me um perfume na volta.
-Que perfume, mulher? Lá tem praticamente de tudo, mas perfume eu acho que não. E essa história de passaporte, eu lá preciso dessas coisas?
-Acorde, Alfredo, você nunca ouviu falar em perfume francês? E, sem passaporte, como você vai viajar para a França?
-Acorde você, Norma! Quem foi que falou em França, aqui? Você está lembrada daquele meu amigo, o Samuel, o Samuca, como todos falam? Pois é, o Samuca montou um restaurante lá na Comunidade Vem que Tem, onde ele mora. Chama-se Bar e Restaurante Paris. Lá a rapaziada se reúne para assistir futebol no telão, contar piadas e, claro, almoçar, jantar, tomar uma cervejinha... No letreiro está escrito: VOCÊ É CHIQUE (TODO O MUNDO DIZ), VENHA JANTAR EM PARIS! Qualquer dia desses eu levo você até lá.
-Ah!