Maquina no Tempo Continuação

- Joga a bola!

- Lá vai!

Estamos jogando no meio da rua, como é nosso costume. Pessoas passando. Fico pensando: De onde serão? De onde vieram? Pra onde vão? Fico a imaginar na máquina do tempo e já tive oportunidade de viajar nela, viajando comigo mesmo, foi aí que surgiu a máquina no tempo.

O que acontecerá daqui a dez anos, vinte anos, não saberei agora, por enquanto, mas deixa-se chegar lá que se não estiver morto, saberei; mas, daqui a quinhentos anos o que acontecerá?

- Comandante!

- Sim.

- Estão prontos a retornar no tempo, foi feito os cálculos e colocados na máquina para o ano de 1967, quando ele nasce.

- E os piratas?

- Não estão no radar temporal e tudo indica que já estão lá para nos atrapalhar.

- Então tentem chegar antes deles e levem o mini-cérebro com vocês, que é para colocar no menino que nascerá.

-Tiiím

C.Grande - 21 de outubro de 1967

-Chegamos!

- Ele nascerá daqui a duas horas.

- A mãe foi protegida até agora por nossos soldados, e esperamos que ele logo nasça, menina que se transforma em menino, muda o mundo, traz-nos muitas coisas, eu não entendo!

- Não importa se você entende ou não; vamos temos uma missão a cumprir!

- No que consta nos nossos arquivos ele pouco entende e vive.

- É nossa esperança que ele viva estando a escrever, pois assim se foi. Ah! Vamos.

Maternidade:

- Coisa linda, querida do papai.

- Venha cá, diz a mamãe.

Doutor:

- Ela terá que ir a incubadora, pois tem muito pouco peso.

Estados Unidos – 1971

Toc, toc.

- Quem é?

- Uma criança de quatro anos!?

-Vim morar aqui.

- Entre.

-Vocês serão meus pais aqui deste país, pois Deus o quer.

- Amém.

Meu outro parou na casa de um Pastor Evangélico.

Onde conheci pessoas que são de grande valia para o que há de vir depois na Máquina no Tempo da nossa vida.

- Posso chamá-lo de popi.

- Pode.

- O papai fica para o outro.

- Venha que quero apresentar meus filhos.

- Logo os amarei de cara.

- Uma estar para nascer.

Assim foi o meu pensamento quanto a essa passagem, pois a criança que estava para nascer, seria minha companheira por alguns anos, ainda hoje nos vemos; mas que só fica no ver e matar saudades. Vamos falar um pouco dela...

- Nasceu. Linda!

- Deixe vê-la. Lá está. Atrás do vidro.

-Cuide dela.

Assim será – Amém!

Ela foi crescendo e juntos brincávamos de muitas coisas como acontece quando somos crianças e adultos tentamos voltar a ser crianças. Fui estudar não sei onde, mas fui estudar, conhecer esse país que se fala – A Terra da liberdade.

Estudo. Conversamos muito sobre o que será depois, pouco entendo nesses meus pensamentos, mas vamos ver o que sai:

-Como será quando crescermos?

- Será como Deus quer.

- E o que ele quer?

- Nada posso adiantar agora, tenha calma.