Nelson Rodrigues Pós Moderno???

Entrou esbaforido no gabinete de trabalho de seu amigo de infância, o Medeiros.

-Começou a terceira guerra mundial? Perguntou o próprio.

Ademar respondeu na lata:

- Tudo você leva na brincadeira. Não consegue falar sério?

Medeiros apenas levanta o cenho esquerdo e deixa o companheiro falar.

- Sabes que sou teu amigo até debaixo d’água, não sabes?

-Prossiga. Coloca as mãos sobre a mesa. Acomoda-se melhor na cadeira giratória e tira os olhos do computador.

-Estou vivendo uma tragédia! Exclama Ademar. – Uma verdadeira tragédia!

Medeiros contem o bocejo. Merda de tempos modernos! Não pode acender um cigarro no ambiente de trabalho. Medeiros precisa de um. Talvez de um maço inteiro. Então Ademar finalmente entra definitivamente no assunto:

- Olha que descolei uma gatinha. Uma tesãozinho. Trabalha numa repartição pública aí. Justiça Federal ou um troço desses aí. Uma verdadeira “cavala”. Uma potranca de um metro e oitenta de altura. Deixa a Gisele Bündchen no chinelo! Uma delícia de mulher. Bonita. Inteligente. Sensível. Último período do curso de Direito na Universidade Federal. Passou no concurso a menos de um ano. Já saí três vezes com ela. Excelente conversa. Racha a conta. Só que tem uma coisa que me intriga...

- O quê? Inquire Medeiros.

-Tem 22 anos, meu velho. Vinte e dois!

Ademar aos 41 anos se achava um velho. Uma múmia. Uma relíquia de museu. Entrou nessa paranóia aos 35 e não havia Cristo que o demove-se dessa idéia absurda. Solteiro desde sempre lhe dava ojerizas aqueles caras de quarenta e cinco ou cinqüenta anos vestidos em jaquetas de couro estilo Marlon Brando, envergando poderosas motocicletas ou mesmo os de cabelo comprido e camisetas de banda de rock que já tinham passados dos quarenta e simplesmente continuavam com seus estilos.

-E o que tem a idade, seu Zé? Quis saber o Medeiros – Idade não quer dizer nada. Você é apenas um ano mais novo do que eu, seu idiota! E de mais a mais. Mulher nova é coisa boa demais, bicho! Para de complexo de velhice e mete as caras na gatinha. Mete prá dentro. Planta a mandioca na moçinha e fique sossegado. E, aliás, como é essa cocota?

Ademar inflama-se.

-Levas tudo na brincadeira! Na flauta! Tudo na maciota! Nunca fala sério! E qual é a sua de referir-se à moça como” cocota” ? Enlouqueceu? Essa moça é direta e honesta. Não como essas “zinhas” que você sai por aí? Ou acha que não sei? O escritório todo sabe que você só se mete em confusão. Mulheres de baixo calão. Quase meretrizes! Se não o forem. Só não paro de falar com você porque és meu amigo de infância e fostes tu que me arranjastes esse emprego no escritório. Você é um devasso, Medeiros! Não admito que chames meu amor imortal de “cocota”!

-Tá legal. Tá legal. Esquece isso. Só me responde uma coisa: Vale a pena essa moça? É bonita?

Ademar fica de pé e começa a falar como em estado de sonho. De êxtase total.

-Bonita?! Se ela é bonita!? Bonita não é o termo e nem lhe faz justiça. Linda! Maravilhosa. Um metro e oitenta de altura, um corpo esbelto e enxuto de parar o comércio! Olhos castanhos e doces assim como sua voz. Inteligente. Sexy. Sensível.

Sabes o que ela me contou? Que adora o cinema europeu! Que lê Guimarães Rosa! Essas garotas de hoje só querem saber de “baladas”, carrões e sabe-se lá o que! Não têm assunto. Só falam bobagens e futilidades. Só pensam em dinheiro e sexo! Essa não! A minha não! Menina digna está ali. Esse é meu dilema, compreendestes bem? Meu dilema é que essa moça é honesta e trabalhadora. Logo estará formada advogada! A melhor mulher do Paraná, quicas do Brasil!

Medeiros impacienta-se.

- Mas então o que você está esperando para meter as caras? Não falou que já saiu três vezes com ela? Que é honesta e tudo o mais? Pega firme, porra! Dá logo o Mi nela. Pede em namoro e pronto! É uma coisa meio antiquada, mas tudo bem! Namore com ela, então. Quem sabe você pode arranjar uma companheira. Já não é sem tempo. Afinal você é um velho, não é? Medeiros usa de toda sua ironia. - Tá na hora de sossegar o periquito. Mas, me diz uma coisa: como se chama sua pequena?

-Amanda. Responde Ademar. Amanda. Repete como saboreasse todas as sílabas.

Medeiros levanta-se de onde está sentado e propõe:

- Que tal um café irlandês no Bar do Alaor? Estou seco por um cigarro. Já passa das cinco. Que tal um uísque e depois prá casa?

-Topo. Concorda o amigo e saem juntos do escritório em direção ao Alaor. Medeiros, antes tranca seu gabinete.

A Impressão

Depois de um café e três uísques e uma porção de batatas fritas no bar do Alaor, Medeiros voltou para casa relaxado. Ao chegar tomou uma ducha e lavou os cabelos. Já de roupão e roupas de baixo preparou outra dose e fumou um cigarro assistindo televisão. “Law and Order”. Depois do cigarro preparou um baseado enrolado em seda de celulose e foi bebericando devagar seu copo cheio de escocês legítimo e com bastante gelo. O programa acabou e ele ficou brincando de mudar os canais de sua TV a cabo sem se fixar muito em coisa nenhuma. Mas, de repente, como um flash em sua mente começou a pensar na conversa que tinha tido como seu amigo sobre a garota. Amanda. Sua mente conversava com ele. Amanda. Sua mente repetia. Amanda. Que gosta de Jean Luc Godard & Michelangelo Antonioni & Ingmar Bergman. Amanda. Que estava no último ano de direito. Amanda. Sua mente não parava de repetir. Ele dava baforadas cada vez mais fundas na maconha e sua mente repetia sem parar como um disco de vinil riscado: Amanda. Terminou seu drinque e colocou mais um triplo no copo dessa vez. O nome da pequena do amigo começava a martelar insistentemente dentro de sua cabeça.

Tomou o trago em duas vezes e quando se deu por si já tinha matado a bagana e estava rindo do vazio, sentando numa poltrona de seu amplo apartamento, gargalhando cada ver mais alto. De nada em especial. Talvez apenas da chapaceira do bagulho. E aquele nome continuava a martelar: Amanda. Que lia...Que curtia...Que...

Foi dormir de bêbado e louco e antes de apagar ainda pensou: Amanda. Experimentou uma leve excitação...

O Encontro

Passou. Não viu mais o amigo e continuou trabalhando por duas semanas resolvendo as demandas de seu escritório. Teria um fim de semana prolongado, pois tinha extrapolado seu banco de horas e poderia ficar alguns dias a mais em casa. Resolveu fazer as coisas que gostava e colocar sua leitura em dia. Dormir até um pouco mais tarde. Sair sem compromisso para tomar um chope preto e comer um cachorro quente tradicional na Rua XV. Passar no bar do Mané jogar conversa fora com os coroas e rodar os sebos atrás de discos e livros, sua grande paixão, além das mulheres. Gostava das “safadas”, como sempre dizia. “As metidas a honestas são muito chatas”, sempre repetia aos conhecidos, “e não valem tanto o esforço e a grana investida” e sempre ria. Apenas se divertir e gastar um pouco de dinheiro. Não acumulava capital. Aos 42 anos tinha seu amplo apartamento quitado, uma casa de veraneio em São Francisco do Sul também paga e o carro totalmente seu. Tinha valido a pena estudar quase a vida toda (assim como a Amanda, pensou por um momento) e se formar muito cedo. Aos vinte e três anos já era registrado na OAB. Aos 26 entrou para esse escritório e ficou por lá. Aos trinta tinha nome grafado na placa e era um dos sócios da empresa. Vencia processos dados como perdidos sempre usando de alguma minúcia legal. Era craque nisso. E agora teria uns dias de ócio que recompensavam toda sua labuta.

Acordou num sábado de sol e gelado às 9 da manhã. Tomou sua ducha. Vestiu uma calça jeans desbotada, tênis de jogador de basquete, uma camiseta branca e um casaco preto de couro. Pegou as chaves do carro, sua carteira com dinheiro, documentos e cartões do banco e dirigiu até o centro da cidade. Parou em sua loja preferida. Escolheu alguns Long-plays de Jazz e dois livros de Charles Bukowski que faltavam para sua coleção e pagou a despesa em cash, deixando uma gorjeta generosa para o atendente.

Resolveu tomar uma dose de uísque num bar tradicional da Praça Osório. Chegou cumprimentando os bartenderes e fez e seu pedido. Chivas Regall com três pedras de gelo e uma garrafa plástica de água mineral sem gás. Sentou a uma mesa perto da porta onde poderia fumar sem ser incomodado pelos freqüentadores e nem pelos fiscais da prefeitura. Começou a bebericar sua dose. Seus olhos se fixaram do outro lado da praça. O Ademar vinha de mãos dadas com uma garota esbelta, esguia, de cabelos lisos e castanhos de lhe desciam pelos ombros. Andava como uma modelo de passarela olhando seu amigo nos olhos. Teria um metro e oitenta e um de altura. Uma maravilha de parar o Largo de Ordem em noite de sexta – feira. Estavam vindo em sua direção. Ademar e aquela maravilhosa mulher que o acompanhava. Sorriu para o copo. Eles entraram no bar e o cumprimentaram. As apresentações foram feitas. A conversa começou e Medeiros começou a reparar nos olhos e no rosto de Amanda. Era realmente uma bela mulher de olhos profundamente castanhos e aparentavam serenidade e doçura. Falava com incisão e tinha senso de humor. O Ademar não parava de exaltar as qualidades dela em qualquer brecha do assunto. Medeiros olhava cada vez mais intensamente para ela. Começava a sentir que gostava do papo e da aparência da moça.

Pediram mais drinques e porções generosas de carne de onça e lambaris fritos. Resolveram que esse seria seus almoços. Ás três da tarde tomaram o último uísque e se despediram. Ademar e Amanda para o seu lado. Medeiros para o outro. Chegou a seu carro, abriu porta, sentou-se ao volante, ligou a chave e acendeu mais um cigarro.

“Merda – pensava Medeiros – o borra-botas do Ademar conseguiu um rabinho premiado”! “O Medeiros está com tudo!” “Quem diria que o cara iria descolar um rabinho premiado desses?” Teve vontade de cair na gargalhada, porém conteve-se. Deu a partida em seu automóvel e rumou direto para casa ouvir seus discos e ler seus livros.

A obsessão

Quando chegou em casa preparou um de seus baseados e ligou o estéreo. Billye Holliday. Ele estava em um estado de romantismo puro. Não conseguia para de pensar na bela Amanda. Linda. Maravilhosa. Sensível. Pegou outra garrafa de uísque e começou a mamar direto no gargalo. Pensou por um instante ser uma cachorrada o que estava fazendo com o amigo Ademar. Cobiçar a mulher do amigo! Isso era um absurdo! Mas ele conseguia evitar. Medeiros não conseguia evitar pensar naquele monumento de mulher que ficara naquela mesa de bar conversando e almoçando e tomando tragos com ele. Que era espirituosa e divertida. Tinha soltado algumas tiradas realmente engraçadas em alguns momentos. Não tinha aquela empáfia das acadêmicas dos cursos de direito do mundo todo. Chegou a comentar sobre dois ou três de seus autores preferidos com casualidade, o que encantou Medeiros. E ele não conseguia deixar de pensar o que seu amigo do peito Ademar tinha feito para atrair aquela sílfide, aquela Afrodite do século XXI. Ela não parecia uma “maria” qualquer. Não se parecia aquelas meninas que querem um cara rico e burro para fazer gato e sapato. Ou dar um “golpe da barriga” para descolar uma polpuda pensão. Será que ele estava se apaixonando pela mulher do amigo? Que coisa mais maluca! Isso nunca tinha acontecido antes. Passou todos os seus dias de folga pensando em Amanda. Mal a conhecia. Só tinha se visto uma vez e ele já nutria sentimentos pela bela. “Acabou maluco, se já não estou”, era seu pensamento recorrente.

A Semana

Quando voltou para assumir suas funções no escritório estava atarantado. Não tinha descansado nada imerso naquela obsessão por Amanda. Afundou-se no trabalho para não ter que pensar. Mas só imaginava Amanda. A queria debaixo dos lençóis.

Decidia ir até o foro resolver pessoalmente suas pendências judiciais para não ter que falar com ninguém. Até os estagiários do escritório estranharam. “Que bicho mordeu ele”? se perguntavam todos. Laborou como um possesso até a sexta feira, muitas noites fazendo serão. Encontrava-se esporadicamente com seu amigo Ademar na máquina de café, mas só conversavam sobre Amanda. Ademar dizia-se completamente apaixonado pela menina. Medeiros já estava começando a odiar o amigo. No fim de semana tomou um porre fenomenal e dormiu por trinta e seis horas. Sua vida não poderia ficar assim.

A Notícia

Na segunda feira Medeiros chegou ao escritório barbeado impecavelmente e de banho tomado cheiroso como uma coquete. Iria desencanar da tal Amanda e descolar uma estagiáriazinha bem sapeca para fazer um sexozinho gostoso. Tinha tido uma tremenda dor de cabeça alcoólica por causa de uma moça comprometida. E ainda por cima com o seu melhor amigo, porra! Onde é que nós estamos! Voltaria a ser o cafajeste de sempre. O cafajeste que ele gostava de ser. Tudo iria voltar ao normal. Já estava no café galanteando todas as gatinhas que passavam. Atirava para todo o lado e às vezes acertava algum alvo. Sempre deixara claro para as garotas que era pura curtição e que esse negócio de compromisso para ele era coisa do passado. Já estava voltando a ativa quando correu a notícia: Ademar, seu amigo Ademar iria se casar! Foi correndo para o gabinete dele e quis saber se era verdade. Ademar confirmou tudo com um sorriso de regozijo. Já iria oficializar o noivado dali a dois dias. Já estavam vendo imóvel para comprar e quando ela se formasse iriam abrir seu própria escritório. Medeiros quase caiu das nuvens, mas não deixou transparecer nenhuma reação em sua fisionomia. Desejou parabéns ao Ademar e voltou a sua mesa e ao seu microcomputador.

O Cafajeste

Levantou o sobrenome de Amanda com um continuo ingênuo que entrou em seu gabinete. Freitas. Amanda Freitas. Procurou na lista telefônica e encontrou seu número. Ela mesma atendeu. Ele lhe disse galanteios e a convidou para sair. Ela ainda tentou alegar que estava prestes a ficar noiva. Ele disse que sabia e acabou e identificando. Amanda tentou uma reação indignada, ameaçou contar para Ademar. Medeiros a demoveu da idéia quando invocou a amizade de infância e que se caso ela fizesse qualquer comentário ele negaria. Ela derrotada aceito o convite para se encontrarem em um café discreto para conversarem. Três e meia seria o encontro. Amanda desligou. Estava com vontade de chorar, mas tinha achado interessante aquela conversa toda. Seus pais notaram em seu rosto uma expressão estranha, mas quando perguntaram Amanda desconversou: “Não é nada”. E sorriu. Os velhos trocaram olhares. Ela subiu para seu quarto com suíte.

Amanda.

Ela tomou uma longa ducha. Lavou seus cabelos com o seu xampu mais caro e passou seu melhor condicionador. Pintou as unhas das mãos e dos pés de vermelho. A cor do pecado e da sedução. Escolheu um lingerie que nunca tinha sido usado e um vestido de verão leve e estampado. Arrumou toda para encontrar com Medeiros. Realmente o tinha achado um “coroa gente boa e interessante” e já tinha comentado com Ademar sobre isso. O futuro noivo apenas sorriu em aprovação e ratificou a amizade de infância e o empregão que o amigo lhe disse conseguido. Quando Amanda se lembrou disso ficou possessa consigo mesmo. Achou Ademar submisso a Medeiros. Achou que seu futuro noivo era um imbecil. Um idiota chapado que apenas seguia os passos do amigo. Achou que Medeiros era jovial e que não se preocupava com as aparências. Vestiu para a traição e saiu ao encontro de Medeiros. Chegou ao café. Ele já a esperava. Tinha passado anteriormente em sua casa e colocado uma roupa menos formal que o terno de três peças que usava para trabalhar. Estava com uma mecha charmosa da franja jogada por sobre seu olho esquerdo que completava o charme. Fizeram os pedidos e conversaram longa e animadamente. Em meia hora já estavam íntimos e fazendo confissões. Quarenta minutos depois já estava descendo a lenha no pobre diabo do Ademar e dizendo como ele era travado, inseguro & careta. Amanda confessou que o futuro noivo não era lá grande coisa entre quatro paredes. Medeiros riu e disse que já imaginava, pois o amigo se portava, falava e se trajava como um velho e como ele sempre tinha sido assim. Medeiros apenas lhe admirava a humildade e lealdade. Só isso. Uma hora depois já estava trasando num motel na Rodovia dos Minérios. Um motel chique com sauna, piscina, ofurô e tudo que os amantes tinham direito. Três horas depois estava jantando no fino restaurante do motel. Depois dessa tarde maravilhosa Medeiros a deixou a uma quadra de sua casa com o número do telefone de Amanda devidamente arquivado no seu celular e com outro encontro marcado.

Tragédia

No escritório Medeiros agia normalmente. Durante vinte dias colocou todos os seus processos devidamente em andamento. Saiu para o foro pela manhã e trabalhava até as seis da tarde. Ás vezes fazia o seu happy hour com os colegas, bebia e ria muito. As mulheres já diziam: “Esse aí arrumou outra safada de novo. Esse não dá ponto sem nó”. Outras vezes dizia que tinha um compromisso e saia. Ademar já tinha feito correr os proclamas para seu casamento com Amanda e só faltava formalizar o noivado. Medeiros e Ademar viam-se cada vez menos.

Até que um dia bate o telefone da mesa de Ademar. A mãe de Amanda gritava coisas confusas e histéricas do outro lado da linha. Ademar foi correndo para a casa da menina. Chegando lá a parentela estava em estado surto psicótico. O pai de Amanda esbravejava que iria “dar tiros” e “quebrar caras”. Ademar tentava em vão acalmar todos, mas sem sucesso. Quando finalmente chegou o irmão mais velho e mais sábio do pai de Amanda é que ele conseguiu entender toda a situação:

Amanda fugira para o Caribe com Medeiros que tinha vendido seus imóveis, seus carros e tinha retirado do banco todo o dinheiro poupado do trabalho de uma vida para viver finalmente uma história de amor com a quase noiva de seu melhor amigo.

Quando Ademar ouviu toda a historia da boca serena do tio de Amanda, caiu de joelhos com as mãos espalmadas no rosto e começou a chorar e soluçar como um bebê de colo, como o humilde e servil ser que sempre foi.

Geraldo Topera
Enviado por Geraldo Topera em 30/08/2010
Código do texto: T2468221
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