Caos
Sentado na escada com o violão tento compor uma canção,
Mas a inspiração não vem, e não estou triste por isso.
Alguns pensamentos avulsos rondam minha cabeça, lembranças da infância.
Eu caído na grama do quintal, fazendo bolas de sabão.
Acordo do transe e saio um pouco com amigos.
Ouço uma canção legal, e risos rolam soltos.
Encontro minha garota, e voltamos pra casa.
Beijos, carícias e muito amor.
O dia amanhece, sinto alguma fome, como uma fruta.
Volto ao trabalho, mas o violão continua mudo.
Estou exausto do mundo, procurando uma porta de escape, pra mim, pra tudo.
Volto para o quarto, analiso a cena e numa tentativa insana e infantil, salto pra debaixo da cama, e fico ali, ligando pontos no escurinho, me perco em meio às lembranças de mim mesmo sendo outro alguém, mais forte, destemido. (Sorriso)
Sinto um aperto na garganta, é como um grito engasgado, um susto.
Perco-me nas entrelinhas de minha própria incerteza.
Novamente sorriso e adormeço.