Caos

Sentado na escada com o violão tento compor uma canção,

Mas a inspiração não vem, e não estou triste por isso.

Alguns pensamentos avulsos rondam minha cabeça, lembranças da infância.

Eu caído na grama do quintal, fazendo bolas de sabão.

Acordo do transe e saio um pouco com amigos.

Ouço uma canção legal, e risos rolam soltos.

Encontro minha garota, e voltamos pra casa.

Beijos, carícias e muito amor.

O dia amanhece, sinto alguma fome, como uma fruta.

Volto ao trabalho, mas o violão continua mudo.

Estou exausto do mundo, procurando uma porta de escape, pra mim, pra tudo.

Volto para o quarto, analiso a cena e numa tentativa insana e infantil, salto pra debaixo da cama, e fico ali, ligando pontos no escurinho, me perco em meio às lembranças de mim mesmo sendo outro alguém, mais forte, destemido. (Sorriso)

Sinto um aperto na garganta, é como um grito engasgado, um susto.

Perco-me nas entrelinhas de minha própria incerteza.

Novamente sorriso e adormeço.

Hudson Eygo
Enviado por Hudson Eygo em 29/10/2010
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