O amanhecer na fazenda

maio de 2010

A noite dorme, o céu está escuro, as estrelas brincam no céu, é madrugada.

O senhor Francisco, o Chico conforme é conhecido, já está acordado, seu horário de levantar-se é às quatro horas da madrugada, ele encontra-se preparando as vacas para a ordenha (retirada do leite).No quintal, as galinhas cocorocam, os gansos e marrecos gritam, os patos que não gritam e nem cocorocam, apenas sussurram , colaborando também para o lindo som musical.

No curral os bois, vacas e bezerros berram, e por sob as árvores os pássaros gorjeiam, tudo isso compõe uma das mais belas orquestras regida sem maestro.

Enquanto isso, na cozinha, dona Sophia, a fiinha, apelido que lhe fora dado na infância, companheira fidelíssima do marido, também já esta na lida, fogão à lenha aceso, chaleira de ferro com água esquentando para o café, ela prepara uma broa de milho para assar, por cima das brasas já aquecidas no fogão, estão assando algumas batatas doces, é nesse clima que os dias amanhecem na fazenda.

Seu Chico grita, - Ei fiinha o café tá pronto, - eu já tirei o leite. -oh! fiinha, parece que a Vitória tá prenha, logo vamos ter novidade por aqui.

Ela grita - Oh! Chico, põe o leite para ferver, enquanto eu ponho a broa para assar,- apressa Chico, para gente toma o nosso cafezinho preto, enquanto ferve o leite e assa a broa.

- Mas fala Chico,- como que é, - então você acha mesmo que a Vitória tá prenha - é fiinha, e , eu não costumo me enganar, - falei, que aquele toro é valente, não deu outra, é macho mesmo.

É assim o amanhecer na fazenda, todas manhas às quatro horas, o co-co-ró-có do zezé ( o galo de estimação) acorda seu Francisco, o seu dono.

A primeira tarefa, ele bem sabe, é tratá-lo, porque o zezé já espera-o na porta da cozinha, depois de ter cantado na janela de seu quarto. O seu Francisco, cantarolando, grita por toda a bicharada , dá o de comer a todos, depois com a ajuda de outros funcionários tira leite das vacas, porque às cinco horas passa o caminhão para a retirada do leite.

Após esse trabalho entra em casa e ao lado de sua companheira saboreiam o café da manhã, primeiro um purinho, enquanto as guloseimas ficam prontas.

Dona fiinha faz questão de variar, todos os dias tem novidade, às vezes um bolo de fubá, outras um bolinho de polvilho, ou uma broa de milho, mandioca frita, mandioca cozida, na época do milho e da batata doce, estes ingredientes também não faltam à mesa, sem contar os pães caseiros, pão doce, pão de torresmo, pão de batata doce ou salgada, pão de abóbora, etc., tudo feito pelas mãos de dona fiinha, que satisfeita se gaba de seus dons culinários.

-Ah Chico, não fosse eu, em, e ri, um riso gostoso.

Ele todo orgulhoso da esposa, responde - ah! e eu também, - se eu não tirasse o leite, você não poderia fazer essas delicias, e riem porque são felizes com essas bênçãos que Deus lhes deu.

O dia flui calma e deliciosamente, no canto da sala, uma velha vitrola cantarola músicas sertanejas, no quintal os pássaros cantam alegres, as flores com suas suavidade e beleza ornamentam a varanda, e o casal com suas alegria nata contagiam todo o ambiente que compõe a fazenda, é mais um dia de vida, presente de Deus.

zilvaz
Enviado por zilvaz em 23/11/2010
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