Breve conto - Cruz credo!

O sol já iluminava a manhã, mas ainda não a aquecera de todo.

Ela caminhava com parcimônia, esperando até que o sol lhe aquecer os ossos.

Reparou nas pessoas que àquela hora estavam na rua – a maioria idosos e mulheres de meia idade que, a julgar pelos envelopes que transportavam, iam a médicos: -Triste rotina... Será que envelhecer é obrigatoriamente isso?

Caso fosse religiosa teria se benzido ao pensar:

Que aos 72 anos, vive alegre e bem disposta. Teve vontade de comemorar; nenhuma doença, filhos e netos criados, cada um tocando a sua vida...

-Melhor não anunciar. Do jeito que tem gente invejosa, cruz credo!

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 30/11/2010
Reeditado em 19/08/2014
Código do texto: T2645325
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