Obras da Acomo, meus três netos e minha alma-gemea : Beth

UM BRAÇO QUEBRADO, POR QUATRO VIDAS-  Fato Verídico comprovando interferência Divina.

 
 Depois de muito relutar, resolvi contar-lhes esta história verídica, pois ela realmente aconteceu comigo,minha esposa, minha filha mais moça, meus três netos e meu ex-genro. Eu, sem dúvida nenhuma, posso afirmar que a mão Divina interferiu nesse fato, pois conforme tentarei descrever-lhes, com detalhes, vocês, meus queridos leitores, poderão confirmar tudo aqui descrito a qualquer dia e hora.  
   Era um fim de semana normal, ao menos para mim e minha eterna companheira: Elizabeth, ou Beth, para os conhecidos, amigos e leitores do Recanto.  Após a troca de minha moto, uma Falcon 400 e meu Jeep reformado, por um carro Celta, da Chevrolet, na semana anterior; carro esse, que dei como presente a minha filha mais moça, para que ela pudesse ir a faculdade e levar meus netos à passear nos fins de semana, eu e a Beth, como sempre fazíamos há um bom tempo; principalmente após a trágica passagem ao outro plano, do irmão dela; e nosso filho terceiro, Michel, fomos para um dos lugares mais bonitos e rudes; se assim pudermos chamar de rude, um lugar simplesmente magnífico e cujo nome é : Praia do Mar Grosso, na cidade de São José do Norte; zona sul, do Rio Grande do Sul.     
    Por ser inverno, é claro que não aproveitaríamos o mar, a não ser por umas linhadas na busca de corvinas e papa-terras, mas eu estava em paz e escrevendo meu segundo livro: Marcas na Alma.  Iríamos passar mais um sábado e domingo respirando ar puro, ouvindo o som das ondas batendo na areia e sentido os efeitos do minuano na pele. Nosso celulares estavam fora do ar, o televisor estava desligado, rádios AM - FM, nem pensar, apenas ouvíamos os CDs de musica suave que havia selecionado anteriormente.
    Mas aprendi! A duras penas, mas aprendi: Nada é por acaso. Tinha que vir até a cidade, naquele sábado e resolvi ligar o celular. E mal havia ligado quando ele tocou, aparecendo no visor o número do telefone da minha filha: Liziane. Foi um diálogo curto, mas muito angustiante , pois suas palavras foram :
   _ Pai, a mãe esta ai contigo? Diz à ela que a Luane sofreu um pequeno acidente, mas que está tudo bem e que não foi grave, apenas quebrou o braço. Diz também que ela já está em casa.  Eu tentei ligar a vocês, mas dava sempre desligado ou fora de área.
    O celular se desligou repentinamente, pois não havíamos colocado a bateria à carregar e enquanto arrumava minhas tralhas, contava a Beth, o que a Lizi me falara a respeito do acidente. Com lágrimas nos olhos e um frenesi normal nessas horas, fomos colocando tudo de qualquer maneira no porta-malas do carro. Alguns minutos mais tarde já estávamos na fila da balsa que nos transportaria até a cidade de Rio Grande. A fila era pequena para os automóveis, mas imensa, para os caminhões carregados dos mais variados produtos. Conseguimos vaga e passamos na balsa das 13;00h. Durante o trajeto de pouco mais de uma hora e meia, entre a passagem da balsa no rio, e o percurso de 60 Km até Pelotas, varias foram as interrogações, suposições e recriminações entre nós. Estávamos tão aturdidos com a noticia, que só no meio ao caminho é que nos demos conta de que tínhamos um carregador de bateria portátil no carro.  Ligamos e quase que no mesmo instante tocou... Era nosso filho mais velho: O Toni. A Beth, falava com ele, enquanto eu dirigia, pois mesmo naquele horário o transito da estrada que liga Pelotas-Rio Grande estava simplesmente insuportável.
    Finalmente chegamos! A casa em que moramos, na praia do Laranjal, estava apinhada de amigos e parentes. Toni, Lizi, Rosane e Denise vieram nos recepcionar, e junto a eles, os nossos queridos netos. A ansiedade amainou ao ver o sorriso das crianças, junto com as expressões de cada um. Nossa filha estava no quarto e junto a ela, mas numa cama improvisada, estava um primo do Leonardo; seu ex-companheiro, e que havia se acidentado junto... na moto!  Mesmo sem entender como, procurei acalmar-me, enquanto a Beth beijava a testa da filha que dormia sobre os efeitos dos sedativos. Fiz o básico que todo o Cristão faz: Rezei, agradecendo por não ter sido pior. O jovem que se encontrava na cama improvisada, havia quebrado a rotula do joelho e tinha algumas escoriações mais leves. Estava ali  por morar na colônia de Pelotas e necessitar cuidados maiores na perna atingida, além de ser um dos estudantes da mesma faculdade de nossa filha.
    Até alguns momentos anteriores a nossa chegada, pensávamos que o acidente havia sido com o carro que havíamos lhe dado. Um ledo engano: foi numa moto, pois ela havia deixado o carro na garagem da minha pequena empresa e fora de carona na moto do colega de aula. Haviam combinado uma pequena festinha ( que normalmente  vai até altas horas) comemorativa ao resultado obtido no semestre, e entre vários amigos, iriam a um barzinho noturno após o término das aulas, naquela sexta-feira.
   Luane e Leonardo estavam separados, mas ele havia ficado na casa,a pedido dela, para poder cuidar dos três filhos; nossos netos, enquanto estivesse fora naquela quase fatídica noite. Eu disse: fatídica? Pois é, certamente teria sido, não fosse as mãos de Deus e a interferência da espiritualidade. Conforme fui me inteirando dos fatos, fui relacionando-os com a ação Divina e todas as evidências de sua ação para salvar meus netos.Você que é meio cético como eu era, deve estar se perguntando: Mas, o acidente com a Luane, como pode ter salvo os seus netos e filhos dela? Ora!...ora, eu vos direi : Se ela não tivesse sofrido o acidente e quebrado o braço, hoje estaríamos todos lamentando a morte dos pequenos e mais a do pai deles , pois a casa em que haviam ficado ( um chalé de quatro peças) dormindo teria sido tomada pelo gás de cozinha que estava sendo liberado por ter o Bruno, meu neto do meio, aberto o botão de uma das bocas do fogão. Nada é por acaso, pois ao sofrer o acidente, minha neta Carol, teve que vir buscar roupas limpas no chalé, e meu amigo Batista, veio com ela. Quando chegaram, ele sentindo o cheiro do gás não deixou que ela acendesse a luz ( a explosão seria fatal) e tratou de abrir as portas e as janelas existentes. Leonardo e as crianças dormiam sob o efeito do terrível gás e, se fosse uma hora mais tarde, teriam certamente sucumbido. O simples fato do acidente naquele horário já me dá a certeza absoluta no meu credo Divino.   Hoje, e desde aquele fato terrível, mas que graças a Deus não foi mortal, tenho levado minha vida ; ou o tempo que me restar dela aqui neste plano, a escrever mensagens de fé e certeza na espiritualidade, pois meus poemas em forma de prosa ou verso, assim como meus contos, me dão a convicção de que : "Nada é por Acaso”, e que sempre há a mão divina em nossas vidas, nós é que por causas materialistas, na maioria das vezes, não percebemos. Que Deus ilumine a todos neste Natal, como tem iluminado a mim e a minha companheira. Um beijo n’alma de vocês e... Acredite se quiser, pois se você esta lendo esta  história verdadeira, é por que ELE acreditou em você.

                                                    
Pelotas, 14 de dezembro, de 2010
Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 14/12/2010
Reeditado em 18/12/2017
Código do texto: T2671266
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