Nina

Nina uma jovem adolescente de dezesseis anos que começa a viver um dos seus grandes desafios, a batalha pela vida. Nina vive com seus pais em um vilarejo em uma pequena cidade chamada Natal, no interior do Pará.

Com os recentes acontecimentos, o clima dentro de casa ainda é bastante triste, o senhor Mauro, pai de Nina ainda abalado com a notícia, encontra-se num desânimo e fraqueza a olhos vistos, Dona Inês, sua mãe, uma senhora sempre altiva, alegre, bem humorada, encontrava-se sentada à beira da cama com o olhar sereno, e sem nenhuma expressão.

Meses antes da descoberta da doença de Nina a rotina de casa mudou completamente e para sempre a vida desta família.

Numa tarde de terça-feira voltei do colégio e encontrei uma cena que jamais irei esquecer, meu pai estava abraçado com minha mãe aos prantos, sem saber do que se tratava procurei logo descobrir o motivo de tanto choro. Logo minha cabeça começou a imaginar mil coisas, já que não era do gênero de minha mãe se mostrar tão frágil assim. Papai logo tratou de dizer que todo aquele choro que eu acabara de ver, era apenas uma fase de mulher que um dia eu iria entender muito bem. Não achei sinceramente que aquele argumento tivesse me convencido, mas, não quis forçar nenhuma situação, respeitei o motivo pelo qual eles não queriam compartilhar comigo daquele momento.

Depois do ocorrido fui tomar um banho e preparar-me para o almoço, minha mãe faz comidas deliciosas, papai vem almoçar em casa todos os dias, e no almoço sempre conversamos sobre vários assuntos. E um deles é o meu grande sonho de um dia tornar-me uma grande musicista. Papai sempre diz que tudo que se quer se pode conseguir com uma pitada de luta e esforço. Durante nossas conversas, mamãe sorri e sempre fala que nós dois somos como crianças grandes, sempre vivemos sonhando. Mas que se um dia isso acontecesse de fato, ela estaria no primeiro lugar da fila para aplaudir o meu sucesso.

Minha família é pequena, em casa somos apenas nós três, minha mãe não quis ter outros filhos. Nossa casa é sempre tranqüila, e isso não quer dizer que seja triste, sempre gostamos de aproveitar os finais de semana e eles sempre são de preferência juntos. Meu pai tem uma sorveteria, ele dizia que queria um trabalho que lhe permitisse estar sempre presente ao lado da família, minha mãe trabalha como cozinheira em uma escola do município, daí o motivo pra ela cozinhar tão bem. Eu sei que não sou rica, mas eu tenho tudo de que preciso. Quando no meu aniversário de dez anos, ganhei de meu pai meu primeiro violão, fiquei tão emocionada que não contive o choro, para muitas crianças de minha idade seria mais comum ganhar uma bicicleta, mas pra mim, ganhar o violão foi o melhor presente que eu poderia ganhar.

Na escola Nina é uma garota alegre, falante, popular entre os amigos, sua paixão pela música faz com que seu leque de amizades cresça cada dia mais. Desde pequena sempre foi apaixonada por instrumentos de cordas, sua força de vontade foi um dos seus maiores aliados nos grandes momentos de sua vida.

Vinda de uma família classe média, Nina acostumou- se a viver uma vida com algumas restrições. Teve uma boa educação, sabia muito bem entender quando pedia algo a seu pai e este lhe dizia que não podia comprar. Sabia também que a realização de seu sonho tinha um alto custo, para realização da tão esperada transformação do sonho em realidade ela teria que futuramente colaborar com seus pais.

No dia seguinte, fui acordada pelo toque do meu celular, era a Julia, minha colega de turma e vizinha me avisando que eu deveria chegar mais cedo ao colégio por causa da palestra de redação que teríamos que organizar. Eu admito publicamente que tenho um grave problema com a questão de acordar cedo, tentei questionar o horário de minhas aulas com minha mãe, mas ela diz que jovens dormem muito, ou seja, eu bem que tentei, mas a tentativa foi frustrada.

Chegando ao colégio, encontrei toda a turma reunida do lado de fora da sala, todos empolgados com a apresentação, vendo toda aquela euforia não parecia se tratar da turma do oitavo ano e sim do primário, mas, isso não quer dizer que não era contagiante.

Os amigos sabiam da minha aversão por cálculos e da minha afinidade com letras, então eu sempre era a escolhida ou para narrar alguma história ou para fazer o desfecho total dos nossos trabalhos. Mas enfim depois do trabalho concluído e com sucesso, fomos comemorar na lanchonete do colégio.

Mística
Enviado por Mística em 05/06/2011
Código do texto: T3016742
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