Nina parte 4

Saímos apressados para entrar na sala de aula antes que fosse tarde, depois das aulas, todos se despediram e fui pra casa, chegando em casa, tomei um banho, almocei e fui para o quarto. Estava com uma vontade escrever, compartilhar algo, mas ainda não sabia direito o que era, lembrei que há alguns anos ganhei de mamãe um diário, eu tinha guardado com todo o carinho, ainda não havia nenhum escrito nele. Então fui até minha gaveta particular peguei o diário e comecei a escrever. Comecei pelas minhas características físicas, e depois com minha descrição como pessoa, sobre a minha personalidade.

A casa estava silenciosa, era a hora da “soneca da tarde”, fui até a janela do meu quarto, olhei a rua e tudo estava bem tranqüilo e ventilado, me deitei na cama e continuei a escrever. Em algumas linhas resolvi contar como tinha sido o meu dia, conversas com amigos, e o momento agradável que tinha passado com Murilo. Até fiz um comentário mais afetuoso entre nós ( risos), teria que esconder esse diário a sete chaves.

Enfim, minha escrita estava sendo bem interessante e prazerosa, quando de repente senti que minha vista escurecia, meus olhos pesavam, uma dor de cabeça sem motivo aparente, algo que não conseguia controlar, lutei o quanto pude, mas aquela sensação havia me dominado. Abri os olhos e vi que estava em uma cama de hospital e todos me olhavam, aqueles olhares com sentimentos de espanto e pena, havia muita gente naquela sala, pessoas que eu nunca tinha visto antes. Minha mãe estava sentada em uma cadeira no canto da sala, de mãos dadas com ela estava meu pai, ela com os olhos vermelhos, parecia ter chorado.

Uma sensação de tristeza tomou conta de mim, tive medo e vontade de chorar. Não sabia o que estava acontecendo, queria fugir, abraçar meus pais, me sentia desprotegida. De repente ouvi uma batida, de longe, foi se aproximando uma voz, era minha mãe, sentou-se ao meu lado sorriu e disse: - você dormiu durante duas horas, enquanto escrevia, peguei no sono, aquelas duas horas me pareceu uma eternidade, todo aquele sonho tinha parecido tão real que eu tinha ficado pensativa.

Passado alguns dias, veio o fim de semana. Meus pais são católicos e participam ativamente das atividades da igreja, as vezes eu os acompanho. Era sábado a tarde, mais ou menos lá pelas quinze horas, fui até a igreja para acompanhá-los, os amigos da igreja eram bem animados, além das reuniões, reflexões, estudos havia músicas, louvores, tudo bem alegre. Depois da reunião mamãe foi até nossa casa, e papai e eu fomos até a sorveteria, sábado e domingo é dia de grande movimento. Fiquei por lá ajudando no que podia e me divertindo também é claro, ainda mais com aquelas variedades de sabores, fica difícil resistir. Alguns minutos depois vejo mamãe entrando acompanhada de Murilo, fiquei tão sem reação que senti minha cara de boba naquele momento e pensei: o que Murilo estaria fazendo ali? Ainda mais acompanhado de minha mãe, eles nem se conheciam, Murilo não era meu vizinho, e como ele achara minha casa?!... Até que a explicação veio antes que eu tivesse um ataque de curiosidade, mamãe começou logo a dizer que enquanto ela se preparava para ir ao nosso encontro, Murilo bateu na porta, ela foi atender, ele perguntou por mim e disse que éramos colegas de aula, e queria falar comigo, tinha vindo fazer uma visita surpresa, então mamãe resolveu levá-lo até a sorveteria. Depois do susto, apresentei Murilo a meu pai e fomos para uma mesa para que pudéssemos conversar com mais calma, e ele me explicar como tinha me achado.

 

Desculpem a demora em continuar com a história, tive problemas com minha internet..

Mística
Enviado por Mística em 18/06/2011
Código do texto: T3043401
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