Nina - parte 9

Era Julho, alge das festas juninas no colégio, eu desde pequena gostava bastante dessas festas, como se fosse o período de maior expressão de nossos costumes. A comida típica da época junina faz muito sucesso, as pessoas dançavam, apreciavam a festa na “roça”, até o colorido das bandeirinhas me encantavam. Esse período no colégio, tudo era festas, eu ajudava os outros amigos nas barracas das brincadeiras,já Murilo, ficava com a parte do som.A festa durava três noites e foi numa dessas noites que a minha rotina de vida começou a mudar.

Durante as brincadeiras e toda aquela confusão tive um mal estar, e acabei desmaiando, os amigos vieram em meu socorro, que, junto com Murilo me levaram para um hospital mais próximo.Depois que me recuperei do desmaio e voltei a mim, ainda no hospital, os enfermeiros me perguntaram se eu tinha conhecimento de algo que pudesse justificar o meu desmaio. Eu disse que não, Murilo preocupado, ligou para meus pais avisando do acontecido, em poucos minutos meus pais chegaram, ambos com uma expressão muito assustada. Com o decorrer das horas, os profissionais que me atenderam acharam mais prudênte fazer alguns exames rápidos antes de me liberar, eu não conseguia pensar em nada, sentia minha cabeça pesada, sentia um cansaço imenso e não entendia porque. Naquele momento fui submetida a alguns exames de rotina, na verdade apesar do meu estado, eu não achei necessário, achei que se tratava mesmo de um mal estar que logo logo passaria e ficaria tudo bem, mas os meus pais concordaram com os enfermeiros, então não tive alternativa a não ser aceitar.

Para minha sorte os resultados saíriam em poucas horas, e tudo ficaria bem, e eu poderia finalmente volta pra casa, pelo menos , isso era o que eu imaginara, a realidade foi diferente disso. Quando os resultados vieram, trouxe com ele uma bomba para nossas vidas.O mesmo enfermeiro que me atendera antes, e que trouxe os resultados pediu pra falar com meus pais em particular, não imaginei que fosse tanta cerimônia para entregar um simples exame. Enquanto eu e Murilo esperavamos na sala de visitas, os amigos foram saindo e eu agradeci a todos pela ajuda, meus pais foram para uma outra sala ao lado para conversar, diante daquele pedido ,para um conversa em particular com meus pais, sentia que Murilo ficava inquieto, eu não ligava muito, só conseguia pensar em voltar pra casa, já era quase meia –noite e eu queria o sossego do meu quarto.

Enquanto isso na sala onde se reuniam meus pais e o enfermeiro, encaminhou- se pra lá mais um senhor, de fisiônomia bem madura e extremamente sério.

Na sala, o médico que acabara de entrar pediu que o senhor Mauro e sua esposa sentasem, pois o assunto que tinham para tratar não seria nada agradável, Dona Inês, foi logo dizendo:

- Poxa! Doutor o senhor falando assim até me assusta.

E o médico continuou:

Dona Inês e seu Mauro, infelizmente a notícia que eu tenho pra dar como eu disse agora pouco não é nada boa, infelizmente não tem outra forma de contar isso, então, quero dizer que no exame de sangue que fizemos agora pouco em sua filha, foi detectado um cancêr.

No impacto daquela notícia horrivel, Dona Inês chorou inconsolável como uma criança, enquanto seu Mauro, não mostrou nenhuma reação, parecia não acreditar que no que ouvia.

Apartir daquele momento tudo mudaria na vida dessa familia, e pensar que a principal vítima, ainda nem sabia o que haveria de vir.

Mística
Enviado por Mística em 10/07/2011
Reeditado em 10/07/2011
Código do texto: T3086597
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