O pequeno tem dois pães

O pequeno, já não para,

para pedir um pão

pois, lembra triste

e sempre, com emoção

do ocorrido, aquela vez

com, aquele seu irmão.

Portanto, pede andando,

quando ganha o pão:

Segue, agradecendo a Deus

por, mais uma benção,

por ter mais um dia,

lhe provido alimentação.

Lembra do tal homem

que, de medo, fugindo

para não lhe dar um trocado,

acabou sendo atropelado.

O pequeno, pede a alguém:

_um pão para matar a fome!

Este lhe dá um pacote com,

dois pães e então; Some.

Ele pensa: _Não tenho

tanta fome, posso comer

só um e guardar o outro

mas ele vai endurecer,

não posso jogar fora

pois falta ele irá fazer,

assim, ele segue pensando,

pela rua, caminhando...

Vê então, um homem

deitado no chão,

para alguém, estendendo

uma magra e deformada mão,

Este homem, todo torto,

pede ao passante, um pão

_De susto, quase morto

este olha-lhe torto, (e segue.)

Então o pequeno, lembrou

O quanto é triste e,

por quantas vezes, por

esta situação já passou,

Lembrou-se também,

dos dois pães que tem.

_Vou dar um pão, para

este pobre, que nada, tem.

O homem, com muita

dificuldade, sentou-se,

a visão do pequeno,

a lembrança-lhe trouxe:

Toda, toda a sua história

e tudo, lhe passou

rápido, pela memória

e, ao menino ele contou.

Comendo aquele pão,

chorando de emoção.

contou, da familia,

também da bela filha,

contou do senado,

e também, de quando

esteve, deputado;

_De dinheiro desviado...

Fizeram uma bela amizade,

daquelas sabe!? _De vedade!

E, desde então,

eles dividem o pão.

Aquele pão, mendigado,

pelo menino de rua e,

por aquele homem, que

já fora, rico deputado.

Sonival Fraga
Enviado por Sonival Fraga em 15/10/2011
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