A Brasília dos Brasis
Os dias na floresta não são os mesmo, não há rotina para quem está em todos os momentos a observá-la. É um universo de cores, de ares e dores; de felicidades, tristezas e de muitos amores. Os deuses dos deuses do povo místico se movem, se arrastam e voam num encontro fatídico à guerras, a harmonias. Até o silêncio fala, grita, geme. É assim minha, nossa floresta Amazônica. Ou amamo-a ou odiamo-a, não há outras opções, porque ninguém pode ficar indiferente a ela. Animais pequeno e grandes, iguais e desiguais; germes e vírus estão a não permitir que a indiferênça tome conte de alguém que nela ousa entrar, até mesmo sem o saber. Se existe algum tipo de "deus ou deuses", por certo estão e são a mata, particularmente a Amazônica...
Não sei como explicar minha afinidade, apenas a vivo. MUlheres mistas se deslocam para os rios a lavar suas poucas roupas, aos risos, as gargalhadas numa competição como os gritos e gemidos dos bichos, e aos gritos dos homens. Todos estão na ativa e que ousa os parar?
Meninos brincam sem se preocuparem com os riscos que estão a correr: espiados por animais anfíbios que os quer devorar, basta oportunidade...
E eu ainda aqui, nesta mata de pedra fedida, agitada sem paz. Só há desespero; aqui não há guerreiros nem guerreiras, todos são manipulado e influenciados pela ganância, pela avareza; estes são seus deuses; na Brasília deste Brasis tão diferentes, onde são dirigidos por gente que mente.