EMPIRISMO

Ele sempre quis fazer com ela todas as obscenidades que aprendia naquelas fitas nojentas que alugava para ver quando ela dormia ou não estava em casa. Ensaiou pedir, meio sem jeito. Tentou fazer, delicadamente, sem pedir. Nada. Ela sempre reprovou.

Um dia ele chegou meio alto, de madrugada. Pegou ela de jeito, forçou, bateu, amarrou na cama. E fez tudo o que mandavam a imaginação, o álcool e o seu espírito de animal no cio.

Aí ela descobriu quanto tempo havia perdido na vida.