Desperta dor.

E nessa encenação de viver cada dia lá

De ver a vida de fora,

Nessa hora, vejo que da liberdade que tenho

Sou refém não de um sistema utópico [finja que ele inexiste]

Mas de mim mesma, que tenho asas e muita vezes não alço voo.

De tudo o que se tem pra fazer, continua garantido o perseverante “não”,

O famoso impossível que vez e outra soa ao longe, na esquina.

Não me importo com eles.

Nessa terra que tudo dá pra plantar;

Venho lhe informar via facebook,

Mesmo que a tarifa da tim tenha graça,

Que a coisa aqui, décadas depois,

Continua preta.

É muita mutreta ainda para levar a situação

Porque muitos não compreendem o potencial que têm.

Reféns de uma uniformidade imposta, irreal,

Vivem(os) assim, levando, sendo levados.

Há muito sonho, mesmo que não se saiba que sonham.

Façamos despertadores, porque muito tem se perdido

Nesse tempo favorável de construção.

“O que não tem remédio, nem nunca terá... o que nem tem receita nem nunca terá...

O que não tem limite. O que será que será que queima aqui por dentro?”.