Da Tolerãncia (segunda parte)

A tolerância é uma virtude para a sociabilidade, e admiro quem a possui em alto grau.

(...) Então troquei meu silencio por companhias que me convidaram a fumar. Quero fazer uma consideração a respeito das pessoas com quem converso, muitas vezes elas surpreendem... Eu gosto das pessoas às vezes, e nesses rompantes tenho vontade de abraçá-las, vendo-as como criaturas humanas. Isso em dias que estou com um amor ao próximo um pouco fora do meu comum.

Não sei quanto um tolerante ganha, ou melhor, o que é que eu perco. Não sei porque sou dura, e o que inexplicavelmente me faz concordar. Fingir-se é muito fácil para conquistar carinho e espaço. Praticamente tudo o que nos cerca é representação. Eu represento? Sim, represento eu. Se não, não gastaria tanto tempo para analisar delicadamente o que eu sou, sem que haja tempo para disfarces. Primeiro eu permito ser, para só depois observar, e sempre me agradar dos resultados.

Cada descoberta que se torna consciente é um brinde! E sempre que a descubro posteriormente já escrita em um livro então, é uma honra. Me felicito como prova de agradecimento, pois excetuando meus antepassados que proporcionaram meu surgimento, só posso agradecer a mim.

Luise Frantz Veronez
Enviado por Luise Frantz Veronez em 15/05/2007
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