Marido Gripado
O homem chega em casa tirando os sapato no meio da sala, a camisa fica no encosto do sofá e a calça no chão do quarto. Se joga na cama esperando a mulher que estava na cozinha e que já lhe perguntava o que havia acontecido. Ele responde:
- Estou com uma dor de cabeça dos diabos, meu corpo dói e acho que estou com febre.
- É... parece que você pegou uma baita de uma gripe.
- Não aguento mais... ainda bem que hoje é sexta... Ummmmm dói tudo!!!
Menininho da mamãe - pensou a mulher - uma gripinha e parece que vai morrer.
A mulher colocou a mão na testa do enfermo e percebeu que não era tanto exagero assim.
- Meu amor, você precisa tomar um banho para diminuir essa febre... enquanto isso vou a farmácia.
Quando ela chegou, ele estava debaixo das cobertas, vestido no roupão e secando o cabelo com a toalha. Ela tinha razão, o banho havia feito um bem enorme, junto com as aspirinas e o caldinho que ela comprara na padaria foram como uma licença para o bem estar total. Sua esposa realmente sabia como fazê-lo se sentir bem naquelas situações. Era um dom maternal tão latente, que para completar, ela o cobriu com o edredom limpo e alvejado. Ela era tão linda... Até doente ele podia sentir, era um prazer ser cuidado por ela.
A esposa ficou satisfeita quando ele comeu todo o caldo, era sinal de que a febre havia cedido, não passaria de uma resfriado. Recolheu a cumbuca, o guardanapo de pano branco e pensou em com seu marido parecia um menininho lindo quando se encolhia daquele jeito na cama. Amava-o intensamente, tanto que não havia outro lugar no mundo onde ela gostaria de estar que não fosse cuidando daquele marido gripado.