Apertei-lhe a mão e parti

Estive ontem na casa de um velho amigo. Havia três anos e meio que eu não lhe frequentava. Acho que três para quatro anos, quatro anos e meio, ao certo. Porque tanto tempo para frequentar um amigo? Conversamos sobre os velhos tempos! Sobre aqueles tempos quando as pessoas se preocupavam mais umas com as outras. Chegamos à conclusão de que o povo está perdendo o sentido da humanização. Coitada da humanização, refletimos! Ela vive se escondendo aqui e acolá. Encontrá-la, eis a grande questão! Antes de ir embora, ao meu amigo, apertei-lhe fortemente a mão e parti, sem palavras, sem enunciados, cabisbaixo, porém reflexivo: será que me está fugindo a razão?