21 anos.

21 anos e a vida ainda continua a passar, anos jogados fora vamos assim dizer. Eu nunca quis ser nada além de ser eu mesmo. Mas não posso viver assim nesta sociedade, eles obrigam você a ser algo, mas sabemos que já somos algo... Mesmo que não sejamos nada além de um nome, uma existência, tão vazia, uma vida em meio a tantas outras. Depois não nos restará nada além do esquecimento, você morrerá e com o passar do tempo... Bem eles não se lembraram de nada, fomos só uma existência a mais. Faça algo que te torne eterno e eles transformarão e se aproveitarão do que te fez eterno, eles sobrevivem as nossas custas e nós temos que alimentá-los. O que nos resta? Um simples pedaço de nada, uma falsa esperança que nos faz viver, um dia após o outro... Desejando, almejando: “um dia melhor virá.” Eu o espero com meus 21 anos, talvez eu não faça nada para alcança-lo. Dia após dia na frente de um computador, escrevendo algumas vezes. A vida não deveria ser jogada assim, eu sei, mas me digam o que eu poderia fazer? Eu não sirvo pra nada, não me interesso por nada além de viver relaxadamente e tranquilamente sem nenhum problema social para me pressionar. Eu não almejo um emprego e me fascino com os vagabundos, bebendo sempre que eu posso e nunca tenho grana em meu bolso. Talvez você pense que tudo isso poderia mudar ou que sou um câncer social... É eu já fiquei entre essas opções, mas eu lhes digo e sei que aqui dentro eu não quero mudar, eu nunca desejei mudar. Eu sou uma muralha de rebeldia que nasceu para não tombar as simples leis, mas talvez eles me peguem e me façam mudar... Quem poderia saber? Já pensou um dia com meus 21, 30, 40, 50, 60, trabalhando para alimentá-los que bela bosta eu seria, uma bosta premiada com um grande nada. Só mais uma vida infundada, sem diversão, apesar de que agora eu não estou me divertindo já que estou a escrever tudo isso. E ainda tem as garotas que consumiram o restante do seu tempo... Eu nunca fui de namorar ou pegar muitas, elas me cansavam, cada palavra e atitude; bem isso ainda acontece apesar de eu encontrar algumas interessantes. Claro que a grande maioria mora a uma grande distância o que me leva a ficar sozinho ainda sim. Eu me prendi a meu próprio mundo imaginário, claro que ainda tenho meu computador onde me vício cada vez mais, qualquer bobeira me atraí. Ultimamente ando preso a um jogo, mitologia e seres surreais sempre me atraíram, artes macabras enfim as pessoas me acham estranho por isso. Mas é apenas meu modo de ver as coisas, pouco me importa o que vão achar e nem sei pra quê estou escrevendo isso, quem sabe se um dia eu me tornar eterno isto chegue a ser publicados e jovens que se sentem como eu possam se identificar e seguir esse caminho para o nada...

João Bezerra Do Nascimento Neto
Enviado por João Bezerra Do Nascimento Neto em 16/09/2014
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