FAZENDO O QUIMO JUNTO À NATUREZA

No intervalo do meu horário de almoço do dia 09/09/2014, enquanto se processava o quimo, resolvi ir até a lagoa principal da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais - CAMG, para ver de perto a biodiversidade daquele local.

Ao me aproximar do ambiente lacustre percebi que não estava sozinho, havia outras pessoas por lá.

Pelo que pude perceber aquelas pessoas que lá se encontravam tinham o mesmo propósito meu, qual seja, apreciar a fauna, a flora e desfrutar da paz de espírito que aquele ambiente proporciona.

Estando por lá pude constatar a presença de mais de uma dezena de patos e marrecos, tanto dentro como fora d`água.

Vários exemplares se encontravam sob a sombra de arbustos, curtindo um preguiçoso e invejável cochilo.

Já os filhotinhos, sempre em grupo, esbaldavam-se na lagoa e também fora dela, atentos aos grassitados de sua mãe.

Aproximando-me ainda mais do espelho d`água pude perceber dezenas de peixes nadando e escarafunchando o fundo daquelas águas rasas, à procura de algum petisco.

Para minha agradável surpresa percebi que havia milhares de peixinhos bem pequenininhos, nadando próximo à beira da lagoa, aproveitando o calor do sol brando de inverno.

O meu encantamento com o ecossistema ali existente só aumentava, visto que muito antes de ter contato visual com os patos, marrecos, peixes, peixinhos e com as pessoas, já me fora requisitado o sentido da audição, tamanha a cantoria dos pássaros.

A efetiva sonoridade dos estribilhos dos pássaros me permitiu constatar que se tratavam de centenas, talvez milhares de indivíduos, embora, apesar da proximidade dos arbustos em que as aves se encontravam não as pudesse ver, dada a densidade da vegetação.

O ambiente é tão rico que são necessárias outras visitas, com o fito de observar e explorar outras curiosidades daquele reduto, o que não nos é possível em apenas um ou vários contatos.

Exemplo disso é a presença de outras aves, de quero-queros, de flores, arbustos e árvores, que trazem consigo uma rica harmonia com aquele bioma, servindo de abrigo para várias espécies. Como, por exemplo, alguns aracnídeos e os joões de barro que erigem ali as suas bem arquitetadas moradas.

Essas e outras constatações do complexo arquitetônico e natural da CAMG, quando nos dignamos a contemplar, amenizam o estresse do ir e vir e do trabalho do nosso dia a dia.

Por outro lado, como nem tudo é alegria, tem-se a triste constatação do sumiço de exemplares de patos, inclusive de indivíduo em regime de choca.

Há que se reforçar a vigilância, sobretudo no período noturno, para que se coíbam atos de depredação deste fascinante ecossistema.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 30/10/2014
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