Infância

A comida tá pronta,gritava minha mãe da cozinha,meninos famintos corriam pegavam os pratos e sentavam alí mesmo no chão da cozinha,era a hora mais gostosa o prazer de comer uma comida feita com tanto amor,parecíamos bichos esfomeados,nenhuma etiqueta que se diga de passagem,comíamos com as mão, com os olhos éramos simples como se deve ser.

O cheiro que vinha da comida era algo inexplicável,era para comer rezando como diz o ditado e minha mãe tão feliz ficava só olhando a filharada toda comendo com tanto gosto,era assim que todo dia me mãe saciava nossa fome,com pratos feitos com galinha caipira,milho,arroz feijão,era o que tinha em casa plantando por meu pai ou criado solto no quintal.

Era assim que a simplicidade reinava e logo depois de barriga cheia eu deitava no chão do alpendre e olhava para o céu,tudo tão azul quebrado apenas por umas aves que voavam sem destino,aquele era o meu mundo e na minha cabeça ele era tão grande quanto o céu que me cobria e eu era tão feliz e sorria assim de bobeira olhando para o infinito

LUZIA GREGORIO
Enviado por LUZIA GREGORIO em 08/11/2014
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