A DIVERSIDADE NA CAMG

A cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, é, para muitos, um local de trabalho longínquo, uma vez que os servidores com mais tempo de casa, procuraram fixar residência em local com a proximidade que melhor lhes conviessem, em relação à repartição onde atuam.

Após a construção da fenomenal estrutura da Cidade Administrativa e com a necessidade de a quase totalidade dos servidores serem deslocados para esse espaço, muita coisa mudou na vida dessas pessoas. Muitos usos e muitos costumes tiveram que ser modificados, adaptados à nova realidade.

Agora passou a ser necessário o convívio não só com seus pares, como também com pessoas de outras repartições. Pessoas com características às vezes bem diversas daquelas com as quais estavam acostumados a lidar.

O contato com essa diversidade se inicia a partir do trajeto para o ônibus, para o metrô, seguindo no estacionamento, nas passarelas de acesso aos prédios, nos elevadores, nos restaurantes, nas lojas do centro de convivência, nos elevadores, nos túneis de acesso aos prédios, nas escadarias etc.

Cada um, de acordo com a forma e os locais por onde passa e tem acesso, vai mantendo contatos saudáveis com as outras pessoas.

Em várias ocasiões o reencontro com pessoas há muito não vistas são favorecidos na Cidade Administrativa, em seus vários contextos. Apesar de ainda carecer de certos ambientes para melhor acomodação e atividade das pessoas, tais como: espaço para lazer e entretenimento, espaço para descanso no horário de almoço, incentivo ao esporte e atividade física, com disponibilização de boxes para banhos.

Muitos são os que fazem caminhada nos pilotis dos prédios, caminhada e corrida nas vias externas e outros, em menor número, andam de bicicleta.

Dentre os vários comportamentos que se podem observar no horário de almoço, é de se ressaltar o costume que algumas pessoas têm de fazer sua cesta no entorno das lagoas, observando os cardumes de peixes, os patos, os quero-quero e demais pássaros, descansando as vista, cochilando.

Mas nem todos os atores desse ecossistema descrito são assim tão amistosos e de convivência pacífica. As formiguinhas, por exemplo, talvez para não passarem desapercebidas, volta e meia dão ferroadas num e noutro. Contudo tais agressões não ficam incólumes e na maioria das vezes pagam com a própria vida, pelas ações afrontosas.

Uns confabulam, outros aquietam a mente deixando o olhar vago e muitos conseguem se deitar e tirar uma invejável soneca ao ar livre, despertando-se assustados com a sonoridade do despertador.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 07/01/2015
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